reprodução/Facebook – Greca: “Esse vírus mata. Fiquem em casa”

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), descartou a adoção de um “lockdown” contra o coronavírus, mas defendeu as medidas de isolamento social criticadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Eu compartilho a angústia do presidente da República com a possiblidade de colapso econômico da sociedade brasileira. Mas eu lembro que os empregos só serão necessários se a gente estiver vivo. A vida vem antes do emprego. É muito importante haver medidas de contenção social agora”, afirmou Greca, ontem, em entrevista à CNN.

“Eu não trabalhei com lockdown em nenhum momento. Eu trabalhei com isolamento social com responsabilidade. 80% da população me obedeceu. Agora estão meio cansados. Ontem 20 mil idosos andaram de ônibus. Fiquei furioso com eles. Esse vírus mata. Fiquem em casa”, pediu o prefeito, em entrevista ao lado do prefeito de Belém (PA), Zenaldo Coutinho (PSDB), que decretou lockdown na cidade.

Em caso de lockdown, todas as entradas do perímetro definido para o bloqueio são controladas por profissionais de segurança e ninguém tem permissão de entrar ou sair. Os objetivos são interromper qualquer atividade por um curto período de tempo, sendo uma medida eficaz para redução da curva de casos e para reorganização do sistema.
A medida é considerada o nível mais alto de segurança sanitária e pode ser adotada em situação de grave ameaça ao sistema de saúde

“Nós somos muito solidários com vocês pelo grande sofrimento que temos acompanhados pela televisão”, disse Greca, que ofereceu ao colega a experiência do Serviço de Inteligência em Saúde – com o Robô Laura e Teleconsultas – via Whatsapp para ajudar a cidade paranaense.

“O dinheiro que vem de Brasília é bem vindo. Pra mim é perto de R$ 200 milhões”, disse o curitibano. “Quero recomendar tanto à população de Belém, quanto à de Curitiba e do Brasil inteiro que não entre na bobagem de fazer pouco caso em relação ao vírus. Também que não percam a tranquilidade”, afirmou.