
O prefeito e candidato à reeleição, Rafael Greca (DEM), divulgou hoje nota rebatendo as denúncias do candidato do PSL à prefeitura, deputado estadual Fernando Francischini, que no programa eleitoral de ontem à noite, acusou a atual gestão de ter comprado terrenos de parentes do atual prefeito, para realizar obras de contenção de enchentes. Na nota, a campanha de Greca afirma que apenas um terreno de propriedade de familiares do prefeito foi desapropriado, no valor de R$ 400 mil. E que esse valor teria sido definido “com base em critérios técnicos e está dentro dos parâmetros de mercado”.
No texto, a coligação do atual prefeito afirma que a campanha do opositor promoveu uma “ação repleta de mentiras” e afirma que “as medidas judiciais cabíveis estão em andamento, de forma a responsabilizar adequadamente a veiculação de desinformação que procura deliberadamente confundir os eleitores nesta reta final da eleição municipal em Curitiba”.
Segundo o prefeito, a propaganda de Francischini mistura “dados a fim de induzir uma suposta irregularidade”, alegando que obra desapropriou “muitos” terrenos pertencentes à família do prefeito. “Também dá a entender que os valores envolvidos somam R$ 521 milhões”, diz o texto.
De acordo com a nota, R$ 521 milhões é o valor de toda a carteira de obras de macrodrenagem da gestão. E a obra apresentada por Francischini está sendo feita no Rio Pilarzinho, no bairro Bom Retiro, desde junho de 2020. O custo da obra, realizada por meio de licitação pública, é de R$ 9,1 milhões, alega.
Segundo o prefeito, o trecho do rio, que registra problemas crônicos de alagamentos, está recebendo uma estrutura de contenção, de maneira a reduzir o acúmulo de água das chuvas — e portanto as enchentes na região. A intervenção, de grande porte, está sendo feita ao longo de 920 metros. Para poder implementá-las foi necessário desapropriar seis imóveis. “Apenas um desses imóveis pertence a familiares do prefeito”, assegura a nota.
Ainda de acordo com o texto, as desapropriações foram definidas na gestão anterior, de Gustavo Fruet (PDT), e efetivadas nesta gestão, que retomou e viabilizou a obra. “O preço do terreno (cerca de R$ 400 mil) foi definido com base em critérios técnicos e está dentro dos parâmetros de mercado”, afirma.
Greca também contesta a acusação de que a prefeitura estaria usando terrenos pertencentes à família de Greca sem ainda ter efetivado a compra dos mesmos. “Como toda grande obra pública, é necessário ter espaço para abrigar maquinário (muitos de grande porte, como retroescavadeiras), equipamentos e materiais. Terrenos próximos são normalmente locados para este fim. Foi o que aconteceu na obra do Bom Retiro. O uso dos terrenos foi firmado mediante contrato de aluguel feito pela empresa vencedora da licitação”, argumenta.