O deputado Matheus Vermelho (Progressistas) foi o indicado para relatar duas ações propostas pelo deputado Renato Freitas (PT) contra o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano, no Conselho de Ética da Casa.
Em uma delas, o Freitas pede a cassação do mandato de Traiano — que está no legislativo desde 1990. A pauta do Conselho era formada por dez processos.
Em um dos processos, Freitas acusa Traiano de quebra de decoro parlamentar. O argumento do petista tem como base os acordos de não persecução penal e cível assinados pelo presidente da Assembleia e pelo ex-deputado estadual Plauto Miró em que ambos confessaram ter recebido propina de R$ 100 mil cada um do empresário Vicente Malucelli — que detinha o contrato da TV Assembleia.
O deputado de Maringá também foi o escolhido para tocar o processo movido pelos deputados de oposição ao governo Ratinho Junior na Alep contra o Progressista Soldado Adriano.
Na mesma mesma sessão, o Conselho de Ética deliberou sobre outras 10 representações que chegaram ao órgão, entre elas, a que Renato Freitas acusa Traiano de quebra de decoro por admitir propina no acordo do MP.
Conforme o Regimento Interno da Alep, a partir desta definição, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar tem o prazo de 30 dias para apurar o caso, mesmo prazo em que o acusado pode apresentar defesa.
Ao final da apuração, o Conselho de Ética define pela procedência ou improcedência da representação, podendo determinar o arquivamento ou propor a aplicação de penalidade.
Em nota, a assessoria e Traiano disse que “o deputado avalia que qualquer manifestação sobre isso no momento poderia ser interpretada como interferência indevida no trabalho do conselho.”