Sergio Moro (União): partido também está dividido sobre participação no governo Lula (Franklin Freitas)

O senador eleito Sérgio Moro (União Brasil) tem dito a auxiliares que decidiu manter sua postura de “independência” e não tem participado das discussões para indicação de nomes do seu partido para compor o secretariado do governo Ratinho Junior (PSD). Aliados e apoiadores lembram que o ex-juiz federal está nos Estados Unidos e afirmam que as articulações partem de decisões internas do partido.

De acordo com esses aliados, as negociações “não têm aval” de Moro e “não passam de jogo interno do União Brasil”.

O União Brasil vai participar do segundo governo Ratinho Junior, com a indicação do deputado estadual reeleito Mauro Moraes, provavelmente na Secretaria do Trabalho. Com isto, quem assume o mandato em fevereiro será o primeiro suplente Nelson Justus, que não se reelegeu em 2 de outubro do ano passado.

Governo Lula – No plano nacional, o União Brasil está dividido em relação à participação no governo Lula. O partido indicou dois ministros: Daniela de Souza Carneiro (“Daniela do Waguinho”) para o Turismo e Juscelino Filho para as Comunicações. Já Waldez Goés, que é do PDT, deve se filiar ao União Brasil e comandará a pasta de Integração Nacional.

Moro tem dito que fará oposição a Lula, o que pode levá-lo a ter que trocar de partido novamente. O ex-juiz se filiou em novembro de 2021 ao Podemos, com a expectativa de disputar a Presidência da República. Sem apoio, migrou para o União Brasil em março e acabou candidato eleito para o Senado.