
O senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) contestou matéria publicada no último dia 11 segundo a qual ele teria sugerido, em fevereiro deste ano, que o presidente do seu partido, Luciano Bivar, deveria ser réu em uma ação que responde no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR). Moro é réu na Justiça Eleitoral após uma ação do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, alegar a existência de indícios de abuso de poder econômico e de gastos não contabilizados na campanha do ex-juiz.
Segundo reportagem do site Metrópoles, a defesa de Moro alegou que o presidente do partido também deveria estar “no polo passivo”. O pedido se estendeu para Renata Abreu, presidente do Podemos, partido em que o atual senador tentou concorrer à Presidência, segundo o site Metrópoles. O relator do caso, o desembargador eleitoral Mário Helton Jorge, ainda não analisou o pedido da defesa de Moro de colocar Bivar e Abreu como réus.
Em nota ao Metrópoles, a assessoria de Moro informou que pediu a extinção da ação, alegando que a não inclusão de Luciano Bivar e Renata Abreu é um “vício processual insanável”. O senador afirma que não pediu que Bivar e Abreu fossem investigados, mas sugeriu que eles deveriam estar como réus na ação, assim como ele. O Ministério Pùblico Eleitoral se manifestou contra o pedido de Moro pela extinção do caso e pediu a procedência da ação por parte do TER/PR, sem mencionar a inclusão dos presidentes do União Brasil e Podemos.
Na nova nota enviada hoje, a assessoria do senador afirma que a defesa de Moro “apresentou pedido de extinção da ação de impugnação do mandato sem julgamento do mérito, uma vez que há vício processual insanável pela não inclusão dos presidentes dos partidos citados. Em nenhum momento, foi pedido que eles fossem incluídos na ação”.