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Alberto Gilberto Deggerone – Pres. da Assoc. Comercial do Paraná. Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

A Tribuna Livre da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) recebeu, na sessão de hoje o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Antonio Gilberto Deggerone. O empresário defendeu o diálogo com o poder público e citou como exemplo da interlocução com o Legislativo a lei que flexibilizou o horário do comércio na cidade, em vigor há um ano.

Deggerone lembrou do trabalho feito pelas Câmaras Setoriais da ACP, que ele coordenava, e a Câmara Municipal, na gestão do ex-presidente Tico Kuzma (PSD). O objetivo, relatou, foi buscar soluções para a retomada econômica de Curitiba durante a pandemia da covid-19.

Segundo o presidente da entidade, uma das sugestões debatidas com os vereadores deu origem à lei municipal 16.085/2022, que hoje flexibiliza o horário do comércio de rua. “O nosso relacionamento com entidades e líderes governamentais é o melhor possível”, continuou. Em sua avaliação, o diálogo é sempre o melhor caminho. “Eu não pratico [e] não estimulo queda de braço”, garantiu.

O foco das ações da ACP, explicou, são os pequenos e os médios associados. “Realmente facilitamos a vida, [estamos] sempre preocupados com o nosso associado, principalmente com o pequeno e o médio”, reforçou. Ele apresentou os principais produtos da entidade, que conta com mais de 30 mil associados. Deggerone ressaltou as palestras e encontros com “grandes nomes”. “Queremos receber os vereadores lá, sempre”, convidou.

Vereadores e ACP debatem a segurança no Centro de Curitiba

Ainda em sua apresentação, o presidente da ACP comentou a situação das pessoas em situação de rua. Na avaliação do convidado, “precisamos continuar buscando, com todos os meios possíveis, algo melhor para todos a nível de educação, de saúde e do trabalho”.

O tema voltou à pauta durante o debate com os vereadores. Sabino Picolo (União), por exemplo, pediu que ele falasse mais sobre as ações para “ocupar o Centro da cidade, que está muito ruim”. “A ACP, com a Câmara dos Vereadores, com a Prefeitura, e muitas entidades estão unidas no Centro Vivo, para melhorar esse ambiente. Não é [uma solução] muito simples, é muito complexa, mas nós estamos andando lá com todo o vigor, com toda a força e todo o conhecimento”, respondeu Deggerone.

O projeto Centro Vivo e a insegurança na região central de Curitiba foram assuntos retomados por Amália Tortato (Novo), Bruno Pessuti (Pode), Eder Borges (PP) e João da 5 Irmãos (União). “Uma luta antiga que nós temos aqui na cidade de Curitiba, na questão do Centro Vivo, é melhorar a iluminação na região da rua XV [de Novembro]”, indicou Pessuti.

“Nós temos ainda uma esperança muito grande que essa flexibilização do horário do comércio possa trazer mais vida para o Centro. Mas nós temos percebido que os comerciantes ainda não aderiram muito a essa flexibilização”, pontuou Tortato. Ela e Indiara Barbosa (Novo) foram as autoras originais do projeto de lei, depois assinado por outros parlamentares.

A iluminação, admitiu, “aumenta a segurança, aumenta a satisfação, as pessoas se sentem melhor”. “Conversamos já com alguns comerciantes e eles têm receio, infelizmente, não podemos esconder, que se eles esticarem o horário, terão problemas de segurança. Nós já nos manifestamos com o setor de segurança sobre isso. Então, vejam, é um componente que não dá para dispensar”, observou o orador da Tribuna Livre. Em resposta à vereadora Indiara Barbosa, ele falou, mais uma vez, sobre as vantagens do horário comercial ampliado.