
O prefeito e candidato à reeleição, Rafael Greca (DEM), usou os programas e progandas eleitorais dos últimos dias para rebater as denúncias do candidato do PSL, Fernando Francischini, que tentou relacionar investimentos da prefeitura na atual gestão a familiares do prefeito. Em inserção veiculada ontem, Greca chama os adversários de “difamadores”, a questiona os ataques à sua família.
Na semana passada, Francischini levou ao ar programa em que aponta que a atual gestão teria desapropriado um terreno de um familiar do prefeito para obras de contenção de enchentes. Depois, tentou relacionar Greca à empresa Greca Asfaltos. No primeiro caso, o prefeito explicou que as obras de macrodrenagem foram decididas na gestão anterior, de Gustavo Fruet (PDT), e que um único terreno de um familiar seu foi desapropriado, dentro de critérios técnicos e preço de mercado. Em relação à Greca Asfaltos, o prefeito afirma que há sentença judicial apontando que ele não tem nenhuma relação de parentesco com os sócios da empresa.
“Um candidato a prefeito que difama uma única família pode governar todas as famílias de Curitiba. O voto dessa qualidade vai repudiar os difamadores de plantão”, questiona o prefeito em uma inserção veiculada ontem.
No programa de ontem à noite, Greca voltou ao tema. “Eu tenho o nome do meu avô que era Rafael Francisco. A minha mãe foi a última dos treze filhos do velho Rafael Greca. E tinha muitos irmãos também. O que meu adversário tenta fazer confundindo parentes meus distantes, outros que pela lei já nem são mais considerados parentes, é fazer confusão na sua cabeça em véspera de eleição”, disse.
“Temos sentença judicial assegurando que não tem nenhum grau de parentesco entre o Rafael Greca e os titulares da empresa Greca Asfalto. Na partilha dos meus pais não herdei, nem pedreira, nem firma de engenharia, nem loja de materiais de construções”, garante ele.
Sobre a canalização do rio Pilarzinho, ele ironizou. “A pergunta mais inteligente é você que vai fazer comigo a esse que quer ser prefeito e não sabe que quem escolhe onde passa uma obra de canalização é o curso do rio, não é o prefeito. O Greca deveria afogar a população do Pilarzinho e do Bom Retiro só porque a obra do Pilarzinho, para ser resolvida, passa por um pedacinho de terreno de um parente da sua mãe?”, questiona o prefeito.
Roçadas – Em outra inserção, o prefeito rebateu as denúncias de que teriam havido irregularidades na contratação de empresa para a roçada de terrenos na Capital. “Sobre a denúncia da roçadas a prefeitura de Curitiba foi vítima. No momento em que nós soubemos, imediatamente nós cancelamos a licitação e as empresas estão sofrendo processo para nunca mais participar de licitação”, assegurou Greca.
Assista abaixo:
Direito de resposta – Ontem, a juíza Melissa de Azevedo Olivas, da 178ª Zona Eleitoral, acatou hoje pedido de direito de resposta do prefeito na propaganda de Francischini. No programa, Francischini tenta vincular o prefeito à empresa Greca Asfaltos. No despacho, porém, a juíza confirma a informação da campanha do prefeito que os sócios da empresa não têm nenhum parentesco com Greca e não fornecem insumos para as empreiteiras que atendem a prefeitura.
“A empresa Greca Asfaltos Ltda não detém em seu quadro societário pessoas com parentesco afim ou consanguíneo até terceiro grau com o Prefeito. A duas, porque as empresas do grupo Greca Asfaltos não fornecem insumos para todas as atuais empreiteiras que fazem pavimentação asfáltica para a Prefeitura, e a três porque a própria empresa Greca Asfaltos Ltda já fora antes contratada pela municipalidade, entre 2013 e 2016, ganhando então muito mais (R$ 5.873.581,05) do que na atual gestão (R$ 31.258,54). (…)”, aponta a magistrada.