Em visita hoje a Ipatinga (MG), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a se recusar responder sobre os repasses de R$ 89 mil feitos à sua mulher, Michelle Bolsonaro, por Fabrício Queiroz, investigado sob suspeita de integrar esquema de distribuição o ilegal de recursos públicos no gabinete do então deputado estadual fluminense Flá¡vio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
“Com todo o respeito, não tem uma pergunta decente para fazer? Pelo amor de Deus”, disse o presidente ao ser questionado por um repórter do jornal Folha de São Paulo.
No domingo, durante uma visita de cinco minutos a ambulantes da Catedral de Brasília, um repórter do jornal O Globo questionou o presidente sobre os motivos para Queiroz e sua mulher terem repassado esse valor para a conta de Michelle. Após a insistência do repórter, sem olhar diretamente para ele, afirmou: “A vontade é encher tua boca com uma porrada, tá?”.
Amigo do presidente há 30 anos, Queiroz atuou como assessor de Flávio na Assembleia, quando o filho do presidente era deputado estadual. Queiroz está em prisão domiciliar e, assim como Flávio, é investigado sob suspeita dos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.