No Paraná, 32 deixam de receber o Bolsa Família depois de serem eleitos em 2024

Eleitos para cargos públicos têm desligamento do Bolsa Família realizado pelo Governo Federal

Assessoria de Imprensa com MDS
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Bolsa Família (Foto: Roberta Aline / MDS)

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) cancelou o Bolsa Família de beneficiados que foram vitoriosos nas eleições de 2024, para o Executivo e o Legislativo (prefeituras e câmaras de vereadores).

No total, 1.194 famílias em todo o país foram desligadas do Programa, tendo seus benefícios cancelados. No Paraná foram 32.

No total nacional, 7 pertencem a prefeitos(as), 19 a vice-prefeitos(as) e 1.168 a vereadores(as). Além disso, outras 5.306 famílias, que não eram beneficiárias, mas foram identificadas no Cadastro Único, tiveram sua entrada no Programa impedida durante o período do mandato eletivo.

A publicação da norma complementar na sexta-feira (17.01), no Diário Oficial da União (DOU), detalhou o processo previsto pela legislação do Bolsa Família, a partir da identificação de famílias beneficiárias e não beneficiárias, inscritas no Cadastro Único, que apresentem candidatos vitoriosos nas disputas a cargos eletivos nas esferas municipais, estaduais e federais, bem como seu tratamento no âmbito do Programa.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) ressalta que estes são processos de monitoramento realizados regularmente, para assegurar a conformidade dos pagamentos de benefícios no cumprimento da legislação do Programa.

Programa do MDS Bolsa Família cruza dados com o TSE

Desde 2016, acordos de cooperação técnica entre o MDS e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são realizados, de forma a permitir a troca de conhecimento técnico, informações e base de dados dos órgãos.

De acordo com a diretora do Departamento de Benefícios da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (SENARC), Caroline Paranayba, entre as ações de monitoramento está a identificação de famílias que têm membros eleitos na esfera municipal, estadual ou federal.

“A partir de estudos e cruzamentos de dados, são identificadas ocorrências e adotadas ações de tratamento, na perspectiva de interromper o pagamento de benefícios e impedir a entrada das famílias no Programa, quando estas ainda não são beneficiárias”, explica Caroline. “É importante destacar, ainda, que essa medida visa colaborar para a destinação dos recursos e garantir que o Programa Bolsa Família alcance as famílias mais vulneráveis no país”, conclui.

A diretora esclarece ainda que a definição de agregado familiar é feita no momento do cadastramento pela própria família. Essa definição inclui todos os membros que residem no mesmo domicílio e compartilham rendas e/ou despesas, conforme a legislação do Cadastro Único.