Para deputado, sistema de saúde do Paraná já entrou em colapso

Redação Bem Paraná com assessoria

Rovena Rosa/Agência Brasil - De acordo com Michele Caputo

O deputado Michele Caputo (PSDB) disse hoje que o Paraná já está com a rede de saúde em colapso ao apoiar as medidas restritivas previstas no decreto 6.983/2021 assinado pelo governador Ratinho Junior e válido em todo o Estado. “Decisão acertada do governador Ratinho Junior diante da gravíssima situação da pandemia no Paraná. Vivemos o pior momento, com recorde de mortes e hospitais lotados”, enfatiza o deputado, que é coordenador da Frente Parlamentar do Coronavírus.

Segundo dados da própria Secretaria Estadual de Saúde, 578 pacientes estavam na fila de espera por um leito de UTI ou de enfermaria para tratamento exclusivo da covid na manhã desta sexta-feira. O número foi relatado pelo diretor de Gestão em Saúde da Sesa, Vinicius Filipak, durante coletiva de imprensa em Curitiba.

Superlotação – De acordo com Michele Caputo, já há relatos de hospitais com 100% de sua capacidade sendo utilizada. “Estive em algumas unidades da região de Maringá e Apucarana nesta semana e já não há leitos disponíveis. O que libera por alta hospitalar ou até mesmo óbito já é ocupado imediatamente com pacientes da fila de espera”, conta o deputado.

“Não estamos mais à beira do colapso na rede de saúde, hoje os médicos já dizem que vivemos um colapso. Prova disso são os mais de 500 pacientes nesta fila de espera”, comentou.

Desde o início do ano, com o recrudescimento dos casos de COVID-19 no Paraná, Caputo já vem alertando sobre a necessidade de medidas mais duras no enfrentamento à pandemia. Ele chamava a atenção para o fato de que a estrutura de atendimento tinha um limite para expansão, sobretudo por conta da falta de profissionais.

Lockdown – “Precisávamos restringir a circulação e aglomeração de pessoas. Não adianta abrir leitos e não conter a curva de transmissão”, explicou.

Entre as medidas anunciadas, o deputado destaca o lockdown a partir de 0 hora deste sábado (26) e que apenas os serviços e as atividades essenciais poderão funcionar. “A circulação de pessoas nas ruas também estará restrita entre as 20 horas e 5 horas todos os dias. O decreto vale até o dia 8 de março”.

Também como forma de conter a proliferação do vírus, o decreto estabelece a suspensão das aulas presenciais em escolas estaduais públicas e privadas, inclusive nas entidades conveniadas com o Estado, cursos técnicos e em universidades públicas e privadas.

As medidas determinam ainda, no âmbito do Estado e dos outros poderes, órgãos ou entidades, inclusive na iniciativa privada, a adequação do expediente dos trabalhadores aos horários de restrição provisória de circulação definidos pelo decreto, e a priorização da substituição do regime de trabalho presencial para o teletrabalho. Outra medida é a orientação para servidores estaduais voltarem ao teletrabalho e evitarem reuniões presenciais.