Curitiba se orgulha de ser uma das cidades que mais contam com parques e praças públicas. São 19 parques, 13 bosques e mais de 410 praças espalhadas pela cidade. No entanto, neste aspecto, existem duas “Curitibas”. A que é percorrida pelo ônibus da Linha Turismo e a dos parques mais afastados da região central. Moradores dos bairros mais distantes reclamam da precariedade em que se encontram os espaços que deveriam ser destinados ao lazer da população, mas que servem, neste momento, à criminalidade e ao consumo de drogas.
Um exemplo de abandono pode ser visto na região do Sabará, na Cidade Industrial de Curitiba, onde está instalado o Parque dos Tropeiros. A proposta inicial era preservar a cultura gauchesca. Anos atrás, era possível até levar crianças para montar em cavalos. Hoje, é difícil encontrar o parque aberto. O Parque dos Tropeiros tem horário de funcionamento restrito: sábados, domingos e feriados, das 8 às 19 horas.
A violência pode ser uma explicação para a restrição, mas o que não acontece dentro do parque durante a semana pode ser visto no seu entorno. “Isso aqui é uma cracolândia, é um lugar muito perigoso. À noite é muito escuro, sem condições de passar por ali. O tráfico de drogas e a prostituição estão presentes”, lamenta o comerciante e presidente da Associação de Moradores da Vila Esperança, Osmano Soares dos Reis. A Esperança é uma mais carentes da CIC.