
O PL afastou o deputado estadual Ricardo Arruda da presidência do diretório municipal do partido de Curitiba. O afastamento ocorreu um dia após vir à tona denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) contra o parlamentar por tráfico de influência, associação criminosa e peculato. De acordo com o MP, Arruda oferecia favores junto ao governo do Estado a empresários, políticos e policiais militares em troca de propina. Em alguns casos, segundo a denúncia, o deputado teria recebido o dinheiro em seu gabinete na Assembleia Legislativa. O partido também abriu um processo no conselho de ética da legenda para apurar as acusações.
Em discurso na sessão de hoje da Assembleia, o parlamentar negou as acusações e atribuiu as denúncias a uma suposta perseguição do Ministério Público.
De acordo com a denúncia oferecida pelo MP, entre os favores oferecidos pelo deputado estaria a ajuda para que um empresário recebesse pagamentos por serviços prestados ao Executivo. Arruda, segundo a promotoria, teria recebido R$ 100 mil. Segundo a acusação, o parlamentar e assessores teriam recebido cerca de R$ 500 mil com essas negociaçõees entre 2016 e 2017. Além do deputado, também foram denunciados Débora Moreira Cezar, Fabio Abel Manfrin Nonato e Fernando Aparecido Julião.
Outra denúncia do MP contra o deputado aponta que ele teria recebido R$ 80 mil para conseguir a reintegração de policiais militares afastados da PM do Paraná.