Franklin de Freitas – Éder Borges (PSL): suplente alegou que vereador teve as contas de campanha de 2016 reprovadas pela Justiça Eleitoral

Por 5 votos a 1, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR) decidiu hoje pela cassação do diploma do vereador de Curitiba, Éder Borges (PSD). O pedido foi apresentado pelo então candidato a vereador Rodrigo Reis (PSL). Ele alega que Borges teve as contas de campanha da candidatura a vereador em 2016 rejeitadas pela Corte.

Nas redes sociais, o parlamentar do PSD alegou que vai recorrer para suspender a decisão e manter o mandato até o julgamento final. “Permaneço com meu mandato de vereador de Curitiba por força do efeito suspensivo que será atribuído ao processo quando da apresentação dos recursos pertinentes”, afirmou Borges.

A reportagem do Bem Paraná tentou contato com o vereador, e aguarda retorno. 

Éder Borges foi eleito com 3.932 votos no ano passado para o primeiro mandato. Ele ficou conhecido a partir de 2015, após vídeos em que pedia a cassação da então presidente Dilma Rousseff. Na Câmara, tem se notabilizado por posições em defesa do governo do presidente Jair Bolsonaro. 

Recentemente, ele afirmou, por exemplo, em sessão da Casa, que a vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ), assassinada em 2018 é “a maior promotora de assassinatos de crianças”, e que o feminismo é “o grande promotor de genocídio”. A declaração foi dada durante discussão de proposta da vereadora Carol Dartora (PT) de moção de apoio para que o governador Ratinho Júnior assine o “pacto nacional em defesa da saúde e da vida”, lançado por governadores de 22 estados. Ratinho Jr foi um dos cinco governadores que não assinaram o documento.

No mês passado, ele defendeu a comemoração do golpe de 64, afirmando que os militares teriam dado um “contragolpe” para evitar que o “comunismo” assumisse o poder no País. Borges, assim como Bolsonaro, também defende o uso do chamado “tratamento precoce” com medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. 

A ação foi movida pelo Ministério Público Eleitoral, que identificou a irregularidade, e também pelo candidato derrotado nas eleições passadas, Rodrigo Reis, do PSL, que por muito pouco não se elegeu nas eleições de 2020. O suplente de Éder, Mestre Pop, deve ficar com a vaga.