O governador Ratinho Júnior (PSD) encarregou o vice-governador Darci Piana, de representar o Paraná na reunião do Fórum de Governadores para debater o cenário nacional e os ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Ratinho Jr, não participaram o governador do Tocantins, Mauro Carlese (PSL), e do Amazonas, Wilson Miranda (PSC) não participaram. Ceará e Rio Grande do Norte mandaram representantes. Segundo a assessoria de imprensa do governo, o paranaense não foi à reunião por “incompatibilidade de agenda”. Em nota, Ratinho Jr disse que ele e Piana “defendem a harmonia entre os poderes”.
Ratinho Jr é aliado de Bolsonaro e tem evitado confrontar o presidente. Ele também não assinou outras cartas lançadas pelos mandatários estaduais com críticas a Bolsonaro em razão da condução da pandemia da Covid-19, entre outras iniciativas.
Após o encontro, governadores reforçaram críticas ao presidente Jair Bolsonaro e pela defesa das instituições democráticas no País. Nas redes sociais, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), fez um balanço do encontro e reforçou a necessidade de que autoridades se posicionem contra as agressões do presidente “à democracia, ao meio ambiente e à economia”.
O dirigente estadual comentou que Bolsonaro ataca “todos os espaços de contestação”, como a imprensa e os Poderes Legislativo e Judiciário. “Democracia não é apenas a oportunidade da eleição de um governo, é também a necessidade de que os governantes eleitos saibam conviver com a contestação”, afirmou. “Infelizmente, o atual presidente parece não saber disso”, publicou.
De acordo com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), houve uma “preocupação geral” na reunião com as agressões e conflitos em série que ocorrem no Brasil nas últimas semanas. O consenso, para os governadores, foi a defesa da gestão democrática. “A democracia deve prevalecer e as polícias não serão usadas em golpes.”
O governador de São Paulo, João Doria, também se manifestou nas redes sociais e pediu para o governo federal “parar de sabotar” o Brasil. “O resultado dessa gestão está aí: inflação nas alturas, disparada do desemprego, aumento no preço dos alimentos e combustíveis, crescimento da miséria, desconfiança internacional e irresponsabilidade fiscal”, afirmou. “O Brasil não merece isso”, emendou.