Dálie Felberg/Alep


A Comissão de Obras Públicas da Assembleia Legislativa do Paraná decidiu arquivar os dois pedidos de abertura de Frente Parlamentar do Pedágio que tramitavam na Casa. Na Legislatura passada, a “Frente do Pedágio”. Coordenada, na última legislatura, pelo líder da Oposição, Arilson Chiorato (PT) teve atuação determinante para fazer com que o Governo Federal e o Governo do Estado do Paraná revissem a modelagem de concessão proposta para as rodovias paranaenses.


Com o fim da Legislatura, a Frente foi automaticamente extinta. Em fevereiro, dois requerimentos chegaram à Mesa da Assembleia: um de renovação da Frente extinta e outro da criação de uma nova Frente, desta vez, liderada por deputados da base de apoio do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). Diante do impasse, a Mesa Executiva delegou a decisão à Comissão de Obras que, nesta segunda-feira (03) decidiu não aprovar a criação de nenhuma das Frentes. Segundo o presidente da Comissão, deputado Gugu Bueno (PSD) um grupo de trabalho da própria comissão acompanhará o andamento da concessão rodoviário no estado.

Gugu Bueno argumentou que o acompanhamento de concessões rodoviárias, por conta dos mais de R$ 42 bilhões em obras previstas, está entre as atribuições da Comissão permanente da Casa e que eventual criação de um Frente Parlamentar caracterizaria conflito de competência. Chiorato criticou a decisão. “A Assembleia mudou de opinião, pois o parecer da Legislatura anterior foi pela possibilidade de instalação da Frente. Foi uma mudança de posição a pedido do governado Ratinho Junior, que quer nos tirar do debate. Mas seguirei discutindo pedágio independente da vontade do governador ou do presidente da Assembleia”