O vereador Serginho do Posto (PSDB) foi eleito hoje presidente da Câmara Municipal de Curitiba. Ele garantiu a vaga com o apoio de um bloco de partidos que reúne 25 dos 38 vereadores eleitos. Com isso, o vereador do PSDB concorreu como candidato único e teve 36 votos. Duas vereadoras se abstiveram da votação: professora Josete (PT) e Noêmia Rocha (PMDB).
Além de ter o apoio do prefeito Rafael Greca (PMN), Serginho do Posto conquistou o comando do Legislativo da Capital depois de fechar acordo com o bloco formado por PSD e PSC, liderado pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano, Ratinho Júnior (PSD). Os dois partidos chegaram a ensaiar lançar um candidato, mas acabaram desistindo para apoiar o tucano.
Nas eleições de 2016, Serginho do Posto foi reeleito como o vereador mais votado de Curitiba, com 11.272 votos.
Dois grandes blocos foram formados nesse início de legislatura na Câmara. O maior deles, com 25 vereadores, conjuga PSD, PDT, PSDB, PSC, PSB, PTN, PP, SD, PR e DEM. Foi esse bloco que acabou garantindo a eleição de Serginho do Posto. O outro, com 10, tem os partidos Pros, PPS, PRP, PRB, PSDC, PTB e PV. Apenas os dois vereadores do PMDB e a parlamentar do PT não entraram nos blocos.
Também como candidato único, foi eleito 1º vice-presidente da Câmara, por unanimidade dos votos dos 38 parlamentares, o vereador Tico Kuzma (PROS), e Toninho da Farmácia (PDT) 2º vice-presidente.
A única disputa ocorreu na eleição para 1º secretário da Câmara, onde Bruno Pessuti (PSD) teve como concorrente o vereador Jairo Marcelino (PSD), que se lançou como candidato avulso ao cargo. Pessuti – filho do ex-governador Orlando Pessuti (PMDB) – ficou com a vaga com 37 votos. Marcelino só teve um único voto, dele mesmo.
O vereador Mauro Ignácio (PSB) também não teve concorrentes e foi eleito 2º secretário da Câmara, com 38 votos. Igualmente eleita por unanimidade, a vereadora Julieta Reis (DEM) será a 3º secretária da Casa. Cristiano Santos (PV) será o 4º secretário.
Depois de confirmado como novo presidente, Serginho do Posto agradeceu o apoio dos colegas e disse que pretende fazer com que a Câmara produza “leis modernas”, em benefício da população. “Apoiaremos a Prefeitura nos momentos necessários, mas também vamos fiscalizar, que é nossa missão”, afirmou.
O tucano disse ainda que a Câmara Municipal de Curitiba teria passado ilesa dos escândalos de corrupção que atingiram a política brasileira nos últimos quatro anos. “Enquanto presidente não compactuarei com malfeito, mas faremos a defesa da instituição Câmara Municipal de Curitiba”, alegou. “Para nós é um novo momento, um momento político do País, e que essa Casa não foi atingida nos últimos quatro anos, porque essa Casa não concordou com malfeitos, como aconteceu no Congresso Nacional, e até o impeachment da presidente”, argumentou.
Os vereadores agora só voltam ao trabalho no próximo dia 1º de fevereiro.