O senador paranaense Sergio Moro (União) virou alvo de críticas de bolsonaristas nas redes sociais na tarde desta quarta-feira (12 de novembro). Tudo por conta de sua participação na sabatina que reconduziu Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República (PGR) por mais dois anos, que desagradou e muito aos outrora aliados do ex-juiz da Operação Lava Jato.
Durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Moro questionou Gonet sobre as penas aplicadas contra as pessoas condenadas por envolvimento na tentativa de um golpe de Estado em 8 de janeiro de 2022. Contudo, preferiu não entrar na polêmica sobre ter havido ou não um golpe e também não falou em anistia. O segundo ponto, ao que tudo indica, foi o que mais desagradou aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que chegou a fazer de Moro um de seus “superministros”, ao lado de Paulo Guedes.
“O que me parece – e eu fui um juiz muito duro, muito firme contra os criminosos -, é que há um excesso nas penas contra aqueles manifestantes. Vossa excelência não vê espaço para redução de penas contra essas pessoas? Pessoas tão simples pegando penas tão pesadas, gente que no máximo foi massa de manobra”, questionou o senador paranaense ao PGR.
Nas redes sociais, especialmente o X (antigo Twitter), o que não faltaram foram críticas de bolsonaristas à pergunta de Moro.
“Inacreditável!!! Na sabatina do Gonet, Moro mostra mais uma vez de que lado está. Enquanto uns pagam caro por defender o Brasil, Moro fala em “redução de pena” e foge do tema da anistia”, escreveu Elisa Brom. “Moro envergonha o Paraná, durante a sabatina do Gonet no Senado. Dosimetria, Moro?”, questionou ainda Paulo de Tarso na rede social.
