Sete dos 30 deputados federais do Paraná assinam pedido de impeachment de Lula. Veja quem são

Redação Bem Paraná com agências
congresso reforma tributaria

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Dois dias depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparar as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto, um pedido de impeachment contra ele por essa declaração já conta com 114 assinaturas. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) encabeça a proposta e pretende protocolar o documento nesta terça-feira, 20, na Câmara.

Sete deputados do Paraná assinaram o pedido.

– Sargento Fahur (PSD-PR)
– Filipe Barros (PL-PR)
– Reinhold Stephanes Jr. (PSD-PR)
– Pedro Lupion (PP-PR)
– Nelsinho Padovani (União Brasil-PR)
– Dilceu Sperafico (PP-PR)
– Vermelho Maria (PL-PR)

No domingo, 18, durante entrevista coletiva em Adis Abeba, capital da Etiópia, Lula criticou a incursão de Israel em Gaza. O presidente fez um paralelo entre a morte de palestinos e o extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler, líder da Alemanha Nazista.

“O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula, que respondia a uma pergunta sobre o aumento do montante destinado pelo Brasil à Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos. “Não é guerra, é genocídio”, completou o presidente brasileiro.

Presidente expôs País a ‘perigo de guerra’, diz pedido

A declaração provocou uma crise diplomática e, em nível nacional, resultou em críticas da oposição. Para Zambelli, o chefe do Executivo incorreu em “crime de responsabilidade contra a existência política da União”, nos termos da Lei 1.079/1950 – norma que regula o processo de impeachment no País.

O pedido argumenta que Lula, ao emitir a declaração, “cometeu hostilidade contra nação estrangeira”, “comprometeu a neutralidade” do País e expôs o Brasil a “perigo de guerra”, como define a Lei do Impeachment, no artigo 5º, inciso 3.

A maior parte dos deputados que aderiram ao pedido é filiada ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e principal legenda de oposição ao governo Lula, com 72 signatários. O Novo foi o primeiro partido a aderir oficialmente ao pedido nesta terça.