Divulgação

Um projeto de lei que visa incluir a Taça das Favelas, torneio de futebol amador, no calendário oficial de eventos de Curitiba, foi protocolado esta semana na Câmara Municipal de Curitiba. O projeto, de iniciativa do vereador Dalton Borba (PDT) em coautoria com o presidente da Câmara, vereador Marcelo Fachinello (PSC), tem o objetivo de ressaltar a relevância social do torneio.

“A Taça das Favelas é a maior competição mundial entre comunidades em situação de vulnerabilidade social e econômica, organizada pela Central Única das Favelas (CUFA). É nosso dever, como parlamentares, destacar e fomentar boas iniciativas”, afirma Borba.

Para Fachinello, que tem no esporte a principal bandeira de atuação parlamentar, a Taça das Favelas é um exemplo de como o esporte pode ser um agente transformador de vidas. “Esse campeonato é muito importante porque visa transformar a realidade de jovens e crianças das comunidades, que não têm acesso ao esporte de qualidade e nem a outras questões disponibilizadas nos jogos. A Taça revela talentos, e dando maior visibilidade para o evento podemos também impulsionar os incentivos financeiros para esta competição e seus atletas”, complementa o presidente da Câmara.

A proposta dos vereadores ainda prevê que a divulgação do campeonato esportivo poderá ser realizada por meio de parcerias entre empresas, associações e entidades sem fins lucrativos.

A Taça das Favelas é um campeonato de futebol realizado pela CUFA, no Brasil, desde 2011, e é considerado o maior torneio entre favelas do mundo. No Paraná, a edição de 2023 será a quarta realização do torneio. A última decisão, no ano passado, teve as finais jogadas no estádio Durival Britto e Silva, a Vila Capanema, em Curitiba, e reuniu milhares de torcedores que puderam assistir gratuitamente às partidas.

Para o presidente estadual da CUFA Paraná, José Antônio, a competição revela para a sociedade todas as capacidades das favelas paranaenses. “A Taça é responsável pela revelação de novos talentos para o esporte, como o Patrick de Paula. Hoje, temos jovens paranaenses jogando na Europa e somos a maior vitrine de acesso para profissionalização do sul do país. Porém, além do futebol, a Taça veio para mostrar ao mundo toda a potencialidade dos jogadores das favelas, pois favela não é carência — a favela é potência”, afirma José Antônio.

Para Wanderley Mafra, diretor executivo da instituição, estar no calendário oficial do município possibilitará a ampliação das relações esportivas da CUFA, com aporte de incentivos financeiros, patrocínios, entre outras formas de fomento. “Entretanto, possibilita-nos também gerar renda através da Taça, uma vez que é um evento que mobiliza uma gigante parcela da sociedade, com aproximadamente 100 favelas inscritas, de 18 cidades paranaenses. São mais de 8 mil jogadoras e jogadores inscritos, com média de público considerável nas partidas”, conclui Mafra.

O projeto foi protocolado no dia 7 de fevereiro e, antes de ser votado em plenário, aguarda a instrução da Procuradoria Jurídica (Projuris) da CMC. Na sequência, o PL deverá ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e por outros colegiados permanentes, de acordo com a temática da matéria.