
O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) está avaliando a possibilidade de usar a telerrobótica para fiscalizar o andamento de obras públicas. Ontem, foi apresentado ao presidente da Corte, conselheiro Fabio Camargo, o protótipo de um robô produzido pela empresa Beenoculus, o qual pode ser controlado remotamente para a realização de atividades desse tipo por meio do uso de um equipamento de realidade estendida, semelhante aos famosos óculos de realidade virtual.
Segundo o diretor de Tecnologia da Informação do TCE-PR, Hélio Amaral, o uso da telerrobótica permitiria à equipe técnica da Casa efetuar inspeções a distância como se fossem presenciais, a exemplo do que já é feito na Petrobras para fins de monitoramento submarino de plataformas petrolíferas. Ainda segundo ele, a intenção não é adotar a ferramenta imediatamente no órgão de controle. “Estamos buscando novas tecnologias a fim de nos prepararmos para o futuro pois, dentro de alguns anos, ferramentas como essa se tornarão financeiramente viáveis para o Tribunal, tendo em vista sua rápida evolução”, explicou.
A iniciativa faz parte do Programa TCE 5.0 – Transformação Digital e Inovação, cujo objetivo é alavancar a atuação do órgão de controle por meio da aplicação da tecnologia da informação (TI), buscando possibilitar ao Tribunal um desempenho ainda mais eficiente, ágil, dinâmico e respeitado.
Em breve, essa procura por novas tecnologias será feita no âmbito de um laboratório de inovação a ser criado pela Corte como parte do projeto TCE 5.0. “O investimento no uso da TI para incrementar o controle externo sobre a administração pública deve ser realizado de forma permanente. Do contrário, o Tribunal não conseguirá acompanhar o ritmo dos avanços tecnológicos que acontecem ao seu redor”, afirmou Amaral.