
A vereadora Indiara Barbosa (Novo) afirmou na sessão plenária desta segunda-feira (10), na Câmara de Curitiba, que a prefeitura realizou a inauguração da Linha Verde sem terminar de fato as obras no local.
De acordo com dados do Portal da Transparência do Município, o lote 4.1, Trevo Atuba, inaugurado no último domingo, 9, está com 78,12% dos trabalhos concluídos, ainda devem ser executadas obras complementares em algumas ruas laterais e do entorno à via, com o custo final estimado de 178 milhões de reais, custeados pelo município e financiados pela Caixa Econômica Federal, nas obras do PAC 2, para Mobilidade Urbana e Trânsito. Para comemorar de fato o término das obras da Linha Verde, iniciados em 2007, falta ainda a conclusão dos lotes 2.1 e 2.2, trecho do Viaduto da Victor Ferreira do Amaral, que estão com apenas 24,02% de obras executadas até o momento, segundo o Portal da Transparência do Município.
A parlamentar destaca que é fundamental esclarecer essas questões para a população, pois a prefeitura fez a inauguração para comemorar a conclusão das obras da Linha Verde após 17 anos de espera, mas o que ocorreu foi a liberação foi a liberação das pistas, viadutos e da trincheira com as alças de acesso de um dos lotes da obra, o Lote 4.1 do Trevo do Atuba, principal trecho da Linha Verde, localizado na região Norte do município, que conta com 12 faixas no eixo principal que vão fazer a ligação entre a região Norte e Sul da cidade.
Para Indiara Barbosa é preciso enfatizar a importância da conclusão de parte principal das obras do lote 4.1 da Linha Verde, que levaram mais de 7 anos para serem concluídas. Ela afirmou que a demora e a lentidão para realização dos trabalhos é fruto da ineficiência e da burocracia do Estado.
“Desde o início do meu mandato recebi várias reclamações e demandas sobre a demora para execução dos trabalhos, e nós estamos fiscalizando a prefeitura todos os meses. Quando assumi o mandato em 2021, essas obras estavam praticamente paradas. Neste lote 4.1, do Trevo do Atuba, foram 3 empresas diferentes que atuaram na execução das obras ao longo desses mais de 7 anos, e devido ao nosso trabalho de fiscalização encontramos inconsistência nos contratos, que acabaram sendo suspensos e cancelados, para realização de uma nova licitação e contratação de outra empresa que pudesse continuar a execução da obra”, ressaltou.
Durante o período de fiscalizações, a parlamentar encaminhou denúncias ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, que apontaram a falta de qualificação técnica da empresa responsável pela obra, que estava praticamente parada em junho de 2021, resultando na rescisão do contrato em novembro do mesmo ano. A vereadora denunciou também, que logo após a rescisão do contrato, o município contratou em junho de 2022, a mesma empresa para continuar a execução dos trabalhos.
A atuação da vereadora permitiu que a obra que estava marcada por atrasos, inconsistências e falta de conformidade com o contrato, pudesse ser revista pelo município, para ser entregue a fim de melhorar a fluidez do trânsito naquele trecho, que era marcado por congestionamentos frequentes.
“Quero deixar claro que não se trata de uma crítica a uma determinada gestão municipal. Como a obra iniciou-se em 2007 foi dividida em vários lotes, e realizada em diferentes gestões, completando 17 anos em 2024. É preciso frisar que acompanho e fiscalizo essas obras desde o início do meu mandato, e que o trabalho do nosso gabinete contribuiu para o andamento das obras da Linha Verde, que estão perto de serem concluídas”, finalizou.