Os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba aprovaram ontem uma moção de apoio à Frente Parlamentar sobre o Pedágio, na Assembleia Legislativa, pelas audiências públicas que vem promovendo e que colocaram em evidência o novo modelo de concessão sugerido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A iniciativa foi apresentada pelo vereador Mauro Ignácio (DEM).
“(Graças à Frente) o Paraná passa a discutir o novo pedágio, após 30 anos”, elogiou Ignácio, afirmando que “Curitiba e o Paraná querem o menor preço do pedágio”. O vereador alertou que o novo edital não contempla o Contorno Sul, “promessa antiga da presidente Dilma, em 2014”, para a qual deputados federais já destinaram emendas, não executadas. Precisamos aprender com os erros do passado”, afirmou o propositor da moção, que tem insistido na CMC na obra do Viaduto do Orleans sobre a BR-277.
“O modelo do pedágio tem que ser pela menor tarifa”, reforçou Sabino Picolo (DEM). O vereador lembrou que esse foi o mote de debate realizado na CMC, no ano passado, por sua proposição, sobre a nova licitação do serviço. Ele citou como exemplos mais baratos, que beneficiam o setor produtivo e a população, os pedágios de São Paulo e de Santa Catarina.
Ezequias Barros (PMB) concordou que o pedágio paranaense é muito caro e que o debate deve ser feito pelo menor preço. Também comentou que uma tarifa mais baixa beneficiará os caminhoneiros, já impactos pelo valor do diesel. Zezinho Sabará (DEM) somou-se à preocupação por obras no Contorno Sul, importante via de ligação: “Vejo no dia a dia como é esse problema seríssimo, que se arrasta por muitos anos”. “Cabe sim um debate dentro da Câmara Municipal de Curitiba”, corroborou Leônidas Dias (SD), sobre a nova licitação, concordando que “o pedágio, sim, reflete no bolso da população”.
Na Alep, a Frente do Pedágio, composta por 30 deputados estaduais, é coordenada por Arilson Chiorato (PT). Na última audiência, realizada em Apucarana, no dia 26, ele e Luiz Claudio Romanelli (PSB), alertaram para o risco de a nova modelagem resultar em preços iguais ou até mais caros, em algumas praças de pedágio, do que os praticados hoje em dia.