Por que precisamos falar e trabalhar em prol do empoderamento feminino?

Combater a desigualdade de gênero pode reduzir índices de violência, evasão escolar e promover mais oportunidades para meninas e mulheres

Raphaella Caçapava

Antes de começarmos essa conversa é preciso que a gente defina o que é empoderamento, afinal o termo foi tão distorcido nos últimos tempos que se faz necessário alinhar esse significado antes de mais nada. 

 

De acordo com o dicionário Aurélio, empoderamento significa:

“Ação de se tornar poderoso, de passar a possuir poder, autoridade, domínio sobre; exemplo: processo de empoderamento das classes desfavorecidas.” O dicionário vai além, oferecendo uma extensão deste conceito, caracterizando-o como gíria: passar a ter domínio sobre a sua própria vida; ser capaz de tomar decisões sobre o que lhe diz respeito, exemplo: empoderamento das mulheres.”

 

Note que a palavra empoderamento pode ser empregada para todos aqueles que buscam conquistar ou proteger direitos que, de alguma forma, foram negados ou negligenciados ao longo dos anos. Dito isso, podemos retomar nossa conversa sobre o empoderamento feminino, afinal estamos falando única e exclusivamente sobre equidade de gênero na sociedade em que vivemos e isso todos podem ser capazes de apoiar, não é mesmo? E por que isso se faz tão necessário?

 

A resposta para essa pergunta é longa, rende livros e inúmeras pesquisas, mas vou me ater aos dados atuais sobre as mulheres em nosso país:

 

Quando falamos em empoderamento feminino falamos justamente em quebrar esse círculo de desigualdade e violência e oportunizar às mulheres condições reais de tomarem as rédeas da sua vida. Para isso, além do trabalho com as mulheres, é preciso trabalhar essas questões ainda na infância e adolescência, que não passa ilesa dos dados que não gostaríamos de ver, observe:

 

 

Podemos notar que os direitos e oportunidades das mulheres vão se esvaindo desde cedo. Constatamos também que falar de empoderamento feminino das meninas obrigatoriamente passa por um processo educativo dos meninos. E só um caminho é capaz de mudar esse cenário: a educação, sempre ela porque uma situação leva a outra, veja:

 

 

Portanto, diante dessas informações, não é mais possível ignorar a realidade. Ela está aí e gritando na nossa cara. E o como nós faremos? Trabalhar pelo empoderamento das meninas deve ser um compromisso de toda sociedade e isso inclui o Rotary.

Mas como o Rotary pode trabalhar no empoderamento das meninas?

Reverter esse cenário é um trabalho que exige tempo, mas que precisa começar agora. Precisamos garantir a presença das meninas nas escolas, garantir acesso à informação e garantir perspectiva de futuro e garantir a educação dos meninos. Veja alguns exemplos de ações que os rotarianos e rotarianas podem se comprometer:

 

São muitas as ações e projetos que os rotarianos e rotarianas podem encabeçar, o que o Rotary não pode é ignorar o fato de que trabalhar o empoderamento das meninas é uma demanda urgente.

* Raphaella Caçapava é jornalista, especialista em comunicação, marketing e gestão de negócios, rotariana associada ao Rotary Club Satélite de Curitiba Norte Inspiração.

 

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