Meninas cientistas de escola pública do Paraná ampliam atuação em biodiesel e miram novas tecnologias como impressões 3D e minifoguetes

Stella Winnikes
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O projeto SunRise, iniciado com cinco alunas, agora envolve 40 estudantes, expandindo suas atividades para o desenvolvimento de soluções sustentáveis, como filamentos de impressoras 3D de garrafas pet e minifoguetes.

– Projeto desenvolvido por meninas dentro de uma escola pública de Ensino Médio Integral no Paraná se expandiu e agora almeja desenvolver projetos com novas tecnologias.

O que começou como uma pequena iniciativa em 2022, com apenas cinco alunas dedicadas a criar biodiesel a partir de óleo de cozinha usado, hoje se consolidou em um programa de destaque com diversas frentes de atuação. Liderado por meninas cientistas do Colégio Estadual Conselheiro Carrão, escola pública de Ensino Médio Integral de Assaí (PR), a SunRise se transformou em uma startup júnior e se tornou um exemplo de inovação científica e sustentabilidade, com foco no desenvolvimento de soluções que geram impacto social e ambiental positivo.
Em 2024, esse impacto foi reconhecido nacionalmente com importantes conquistas, como a medalha de ouro na fase regional da Olimpíada do Oceano, que avalia projetos ligados à preservação marinha, e a premiação na fase regional da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA), destacando a SunRise como o melhor projeto de ciências da região Sul do país.
O sucesso do projeto reflete a dedicação das alunas e a capacidade de adaptação e inovação constante, impulsionados por colaborações estratégicas ao longo do tempo. O professor coordenador, Matheus Souza, relembra como o grupo cresceu rapidamente: “Em 2022, começamos com apenas cinco alunas entusiasmadas. Em 2024, duas ingressaram na universidade, e agora, em 2025, as outras três também foram aprovadas. Todas conquistaram vagas em universidades públicas, um feito que reforça a excelência do projeto e seu impacto transformador na vida das participantes. Com a saída das fundadoras, a liderança foi oficialmente transferida para uma nova geração de alunas, garantindo a continuidade e o crescimento da iniciativa.” Essa rede de apoio foi crucial para acompanhar a expansão da iniciativa, que passou de cinco para 40 participantes em poucos meses.

Além de produzir biodiesel para os ônibus escolares da cidade, a SunRise agora explora novas frentes tecnológicas, como a fabricação de filamentos para impressoras 3D, utilizados em projetos como a construção de minifoguetes e a criação de uma mão biônica para competições. O ecoponto criado pelas alunas, que coleta óleo de cozinha e plástico PET, também desempenha um papel central, fornecendo matéria-prima essencial para várias dessas iniciativas.