Colaboração Caroline Rissio
No dia 17 de junho, a capital paranaense recebe, no Teatro Positivo, a partir das 21h15, uma das maiores bandas do rock nacional, o Biquini Cavadão.
O grupo, que conta com 35 anos de carreira, vem a Curitiba para promover o álbum “As Voltas que o Mundo Dá”, com 12 faixas inéditas e a produção de Liminha.
O Stereo Pop fez uma entrevista exclusiva com o vocalista Bruno Gouveia, que nos contou um pouco mais sobre o processo de concepção das novas músicas, a importância do CD físico no meio da digitalização da informação, as canções favoritas do álbum e dicas preciosas para as bandas que estão entrando no mercado agora.
Confira:
SP – O álbum “As voltas que o mundo dá” é o primeiro material inédito da banda desde 2013. Como foi o processo de inspiração para as novas canções? Quais influências fizeram parte do disco?
BG – Acho que o disco respira muito em uma atmosfera setentista, sons que ouvíamos quando éramos crianças, mas que forjaram nossos gostos. Há um pouco de tudo nesta sonoridade que viaja numa memória afetiva. Quanto às letras, cada um fez músicas diferentes mas acabamos vendo que havia um elo entre elas. O curioso é que isto foi algo natural. Só depois que filtramos 12 das 30 músicas é que percebemos como todas elas se encaixavam.
SP – A banda já tem mais de 30 anos de carreira e vocês optaram por lançar o último álbum com prioridade nas plataformas digitais. Como está o número de reproduções, levando em consideração a diferença de gerações?
BG – Além das plataformas digitais, lançamos também em CD pela Coqueiro Verde. O CD físico ainda é um bom produto, basta ver a quantidade que vendemos a cada show. O que falta hoje é uma modelo de venda que viabilize o CD. Para muitos ainda é muito legal folhear o encarte, segurar o disco, ler as letras. Também estamos planejando uma versão em vinil ainda para este ano.
(A banda conta com mais de 215 mil reproduções mensais no Spotify e o canal oficial no Youtube, já superou 4 milhões de views. Já no canal BiquiniCavadãoVevo, são mais de 11 milhões de visualizações)
SP – Sobre a nova cena do rock nacional, qual conselho vocês dariam para as bandas que estão chegando no mercado?
BG – Gravar era algo caro. Hoje, é possível gravar de modo rápido e barato. A tecnologia facilitou muito o ato de se gravar um CD. No entanto, isto tem sido mal aproveitado. É comum os grupos gravarem um CD em pouco tempo e achar que está pronto. A rapidez e a economia que temos hoje deveria ser aproveitada para que as bandas ouçam mais o resultado antes de lançar qualquer coisa.
SP – A capa do novo álbum foi elaborada pelo artista plástico Otavio Bittencourt. Como foi o convite para o paulista? Ele teve acesso às composições para a concepção da arte?
BG – Na verdade, foi uma encomendas do guitarrista Carlos Coelho. Ele concebeu a idéia e pediu pro Otávio realizá-la magnificamente. Ele fez dois quadros. Um está comigo na parede do meu quarto e o outro, o original que ilustra a capa, está com o Coelho.
SP – Qual é a música favorita do novo álbum e por quê?
BG – Cada dia eu tenho uma. Estamos felizes e orgulhosos com o trabalho. Hoje, eu destacaria Descobrimentos, mas amanhã posso dizer que é Soltos Pelo Ar ou Beijar Sem Fim.
Atualmente, o Biquini Cavadão é formado por Bruno Gouveia (vocalista, Carlos Coelho (guitarrista), Miguel Flores da Cunha (tecladista) e Álvaro Birita (baterista). Além de produzir o novo álbum, Liminha também foi responsável pela linha de baixo.
Tem recadinho do Bruno para os fãs curitibanos:
Os ingressos estão à venda a partir de R$75 e podem ser adquiridos pelo Disk Ingressos ou nos quiosques dos Shoppings Mueller, Palladium, Crystal e Estação.
A realização é da Prime.
Confira o álbum na íntegra no Youtube:
Acompanhe a banda no Spotify: