Mãe é assim: fez uma coisa pra um, tem que fazer pro outro. Esse último, no caso, pode nem saber do que se trata, mas esperneará até a morte se preciso for para obter a mesma regalia.

Em alguns casos ele nem quer tanto, mas mãe justa, justíssima é aquela que dá igual pros dois.

Por isso essa crônica. Catarina ganhou uma quando conheceu Chaplin. Já faz meio ano. O senso de justiça – ou seria de culpa? – exige outra para o Ivan que traga a balança ao meio novamente.

Tempos de extrema isonomia, nem que o outro não queira.

Pois então foi o Ivan ao museu ver a aranha de Louise Bourgeois. Ficou com um pouco de medo, quis ficar só 30 segundos. E agora?, pensei. “Tempos Modernos” tem 137 minutos.

Anyway, cumpri minha parte, vamos correr na rampa (nessa parte ele não queria mais ir embora).

Quantas coisas será que não passam pela nossa vida nesse esquema de obrigação?

Mas se a crônica é do Ivan, e a da Catarina teve 27 linhas, sigamos.

Ele visitou um pouco mais animado o parque da Barreirinha, alguém já foi? Um pouco escondido no caminho para Almirante Tamandaré.

Pois entrou e teve uma epifania, o lindinho. “O mundo inteiro é um ‘relógico’!” Havia pássaros ao ar livre, por isso a comparação com um zoológico… Talvez piá de prédio seja só uma condição de espírito, não tanto de espaço. Oremos.