Na conta do chá

Flavio Rocha

Boas, amigos. É na conta do chá. Antigamente se usava esta frase para definir que uma situação chegava ao máximo de seu limite. E foi assim o jogo do Athetico diante do xára goiano, pois o time de António Oliveira, apático no primeiro tempo, por obra e acaso da sorte achou um gol no finalzinho. No segundo tempo, o Furacão resolveu jogar um pouco de futebol, até mais um pênalti do destrambelhado Richard. Veio o empate e acendeu o ímpeto do Dragão. Pouco depois, porém, em uma bola de qualidade do Terans, deixando Kayzer em condições de marcar, o zagueiro cometeu o pênalti. Furacão na frente. Após esse gol, o time do bom técnico Eduardo Barroca pressionou e mais uma vez empatou. Coube a sua senhoria o àrbitro acrescer 11 minutos e depois mais dois. Gostaria de saber por que de tantos minutos assim? Na base da superação, o rubro-negro paranaense suportou e confirmou a classificação. A situação é simples: o Athetico está no seu limite e vivendo de superar as suas limitações. Só que até quando isso será o sufuciente? O que o torcedor espera é uma tomada de atitude do técnico para buscar alternativas que possam trazer mais equilibrio e resoluções positivas de qualidade. E que o time não passe mais tanto sufoco nos próximos jogos.

ARBITRAGEM
A arbitragem no futebol brasileiro era péssima antes do VAR e piorou com esse instrumento tecnológico. Assistindo outros jogos da Copa do Brasil ontem pude observar o quanto estão pedantes os árbitros brasileiros, que hoje têm o comando de Leonardo Gaciba. Outrora era um árbitro muito fraco. Uma CBF sem comando. Hora a Justiça autoriza a intervenção, hora a Justiça elimina essa intervenção. Enquanto isso, rola um campeonato brasileiro e uma Copa do Brasil. E os clubes réfens de arbitragens no mínimo duvidosas, apoiadas em árbitros comandando o VAR. A cada situação, fica evidente a criação urgente da Liga Brasileira, pois, do jeito que está, o futebol tupiniquim vai continuar vivendo da louca paixão do seu torcedor.

ADILSON E LUAN PATRICK
No passado, mais exatamente em 1986, o então volante do time júnior Adilson, o Pezão, é chamado para compor o time principal. No primeiro treino, o técnico Levir Culpi parou e chamou Adilson e lhe disse: “Que tal você jogar de zagueiro pelo lado esquerdo?”. Adilson, com a sua simplicidade, aceitou. E daí em diante se tornou um dos maiores zagueiros do futebol brasileiro. Hoje o elenco tem o zagueiro Luan Patrick, jovem de qualidade, que pode ser tornar um volante. Será que alguém do staff do Furacão já pensou em falar com o técnico para fazer um teste. Pois o senhor Richard já esgotou a paciência do torcedor.