(Imagem: Pixabay)

Infelizmente, a rejeição ou falta de aceitação de pais em relação à orientação sexual de seus filhos pode causar grande sofrimento emocional e psicológico. Isso pode ser especialmente difícil para uma família cristã que tem um membro homossexual.

Nesses casos, é importante que os pais acolham seu filho/filha homossexual e criem dentro de casa um espaço seguro e solidário para que esse jovem possa compartilhar seus sentimentos e encontrar apoio emocional. Isso pode incluir buscar apoio em grupos comunitários ou profissionais de saúde mental treinados em questões relacionadas à orientação sexual e identidade de gênero – jamais buscando respostas apenas na propositura espiritual.

Os pais também podem se beneficiar de educação e suporte para entender melhor a orientação sexual de seu filho/filha e como apoiá-lo/a de forma positiva. Isso pode incluir a busca por informações confiáveis e fontes de apoio, como organizações LGBT+ locais ou nacionais. Inclusive em igrejas cristãs, esta possibilidade é muito presente aqui no Brasil, mesmo no Paraná.

Em Curitiba, funciona o Grupo de Apoio e Escuta à pessoa LGBT na Paróquia Bom Jesus dos Perdões (da Praça Ruy Barbosa), liderados pelos freis franciscanos. Os encontros são formativo-religiosos, com acolhimento e discussões, e ocorrem em uma sala da paróquia.

Também se destaca o Grupo MAMI (Mães de Amor Incondicional), fundado pela dentista Silvia Kreuz. De sua experiência pessoal com uma filha lésbica, a Dra Silvia levou para as esferas da Igreja Católica a discussão sobre a importância de mães e pais de filhos LGBT aprenderem a amar e a acolher seus entes queridos, mesmo em meio aos desafios e preconceitos impostos em suas comunidades paroquiais. O grupo possui um canal no youtube, com diversos relatos de experiências e trocas de informações entre pais cristãos: https://www.youtube.com/@MAMI-fy6eb/videos

O importante para todo pai e mãe que tem um filho homoafetivo é lembrar que a orientação sexual é uma parte fundamental da identidade de uma pessoa e não deve ser motivo de vergonha ou discriminação. Todos merecem amor, respeito e apoio incondicional – as bases do cristianismo – independentemente de sua orientação sexual.