Vaticano se compromete com carbono zero até 2050

Ana Beatriz Dias Pinto


Papa Francisco em foto antes da pandemia, junto aos fieis: compromisso por uma ecoteologia. (Imagem: Pixabay)

O Papa Francisco prometeu que o Estado da Cidade do Vaticano alcançaria emissões líquidas de zero de carbono antes do ano 2050 e exortou todos no mundo a fazer parte de uma nova cultura de cuidado com os outros e com o planeta.

“Chegou a hora de uma mudança de rumo. Não vamos roubar às novas gerações a esperança de um futuro melhor ”, disse ele em uma mensagem de vídeo para uma cúpula global.

O Papa Francisco foi um dos cerca de 75 líderes que contribuíram para a Cúpula da Ambição do Clima, que foi realizada online no dia 12 de dezembro. Co-patrocinado pelas Nações Unidas, Reino Unido e França, e em parceria com Chile e Itália, o encontro marcou o quinto aniversário do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas.

Durante a reunião, os líderes renovaram ou fortaleceram as promessas e compromissos de investimento para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e alcançar a neutralidade de carbono.

Cerca de 24 líderes anunciaram na cúpula seu compromisso com as emissões líquidas zero, que seria alcançar um equilíbrio entre as emissões de gases de efeito estufa produzidas e as emissões de gases de efeito estufa retiradas da atmosfera, por exemplo, mudando para energia “verde” e agricultura sustentável, aumentando eficiência energética e reflorestamento.

Em sua mensagem, o Papa Francisco disse que todos têm a responsabilidade de “promover, com compromisso coletivo e solidariedade, uma cultura do cuidado, que coloque a dignidade humana e o bem comum no centro”. Isso significa que há algumas medidas que não podem mais ser adiadas, disse ele, incluindo a implementação de estratégias para reduzir as emissões líquidas a zero.

A Santa Sé está comprometida com este objetivo, disse Francisco. De acordo com o papa, o Estado da Cidade do Vaticano trabalhará para reduzir as emissões líquidas a zero até 2050, disse ele, e continuará a fortalecer e expandir seus esforços em direção a uma maior eficiência energética, melhor gestão de recursos, transporte sustentável e gestão de resíduos e reflorestamento.

A Santa Sé também está empenhada em promover uma maior compreensão da ecologia integral, disse ele. Política e tecnologia devem se unir em um processo educacional que privilegie um modelo cultural de desenvolvimento e sustentabilidade voltado para a fraternidade e a aliança entre o ser humano e o meio ambiente”, concluiu o papa. 

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    * Ana Beatriz Dias Pinto, é comentarista convidada do blog e nos traz reflexões sobre temas atuais e contextualizados sob a ótica do universo religioso, de maneira gratuíta e sem vínculo empregatício, oportunizando seu saber e experiência no tema de Teologia e Sociedade para alargar nossa compreensão do Sagrado e suas interseções.