Algoritmo teria impedido Oppenheimer, diz Emily Blunt: “Odeio essa m*rda”

A atriz não acredita na inteligência artificial para prever sucesso ou fracasso de filmes

Thiago Barros
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Emily Blunt em Oppenheimer / Universal Pictures (Reprodução)

Emily Blunt denunciou os estúdios de Hollywood por uso de algoritmos por para definir quais projetos deveriam ser aprovados ou engavetados em entrevista para à Vanity Fair. Usou de exemplo seu mais recente sucesso, Oppenheimer.

“Eu estive em um filme de três horas de duração, sobre um físico, que teve o impacto que teve”, comentou. “Os algoritmos provavelmente não teriam previsto isso. A minha esperança é que o caso de Oppenheimer, e de outros projetos similares, não sejam considerados anomalias. Não podemos continuar traduzindo experiências criativas em diagramas” disse Blunt.

E completou “Algumas coisas na Hollywood contemporânea me frustram, e os algoritmos são um exemplo. Eu odeio essa m*rda, me desculpe pelo palavrão. Mas como ela pode ser associada à arte? Como podemos deixar que um cálculo determine o que vai fazer sucesso ou não vai?“.

Oppenheimer faturou mais de US$ 950 milhões nas bilheterias mundiais, e ganhou sete estatuetas do Oscar, incluindo melhor filme. Blunt foi indicada a melhor atriz coadjuvante por sua performance, mas perdeu o prêmio para Da’Vine Joy Randolph (Os Rejeitados).

O uso de algoritmos pelos estúdios de Hollywood é um segredo aberto da indústria.