
O filme Barbie de Greta Gerwig não foi apenas avassalador em bilheteria do ano, também fez história como o longa de maior bilheteria dirigido por uma mulher. Apesar do enorme sucesso do filme, os grandes estúdios deram a maior parte de suas produções a cineastas do sexo masculino.
Esse resultado foi obtido pelo Center for the Study of Women in Television and Film at San Diego State University (Centro para o Estudo das Mulheres na Televisão e no Cinema da Universidade Estadual de San Diego) em tradução literal. Que concluiu que as mulheres representavam apenas 16% dos diretores nos 250 filmes de maior bilheteria, mostrando uma queda em relação aos 18% em 2022. Houve poucas melhorias em relação na lista de salário, as cineastas mulheres tomam as decisões em 14 % dos 100 filmes principais, um aumento em relação aos 11% em 2022.
A pesquisa surge no momento em que cineastas como Gerwig, Emerald Fennell (Saltburn), Celine Song (Vidas Passadas) e Sofia Coppola (Priscilla) lançaram alguns dos filmes mais assistidos e aclamados do ano; enquanto as divas pop como Beyoncé e Taylor Swift lideraram as bilheterias com filmes-concerto.
“É a ilusão definitiva, o triunfo merecido de Greta Gerwig desmente a desigualdade que permeia a indústria cinematográfica convencional”, disse a Dra. Martha Lauzen, autora do relatório e fundadora e diretora executiva do centro, em um comunicado ela destaca “Os números contam a história. A proporção de gênero nos bastidores de Hollywood continua dramaticamente distorcida em favor dos homens”.
O estudo mostrou que em filmes com pelo menos uma diretora mulher, mais mulheres foram contratadas para papéis importantes nos bastidores do que em filmes com diretores exclusivamente homens. Quando as mulheres ocupavam a direção, 61% dos escritores, 35% dos editores, 10% dos diretores de fotografia e 26% dos compositores eram mulheres. Nos filmes com diretores homens, as mulheres representavam 9% dos roteiristas, 18% dos montadores, 7% dos cineastas e 11% dos compositores.