
Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo estreia hoje, 8 de agosto, nos cinemas. Adaptação da franquia de videogames de sucesso, o longa é dirigido por Eli Roth (O Albergue), que também é responsável pelo roteiro junto com Joe Crombie.
Adaptações de videogames ganhou olhares em Hollywood, principalmente por produções de grandes sucessos, como The Last of Us, Fallout, Super Mario Bros. O Filme e Sonic. Se no passado adaptar jogos era algo que remetia a resultados medianos entre público e crítica, agora eles se tornam quase um porto seguro para atrair novos públicos.
Ambientada no planeta Pandora, a trama acompanha a mercenária Lilith (Cate Blanchett) numa missão de resgate da filha do criador das armas Atlas (Édgar Ramirez). Ela, no entanto, se depara com mais complicações do que esperado e forma uma aliança improvável com o soldado Roland (Kevin Hart), a adolescente maníaca Tiny Tina (Ariana Greenblatt), o psicopata Krieg (Florian Munteanu), a cientista maluca Tannis (Jamie Lee Curtis) e o robô tagarela Claptrap (Jack Black).
Com esse elenco de peso, todos entregam atuações satisfatórias com o que têm em mãos. O grande problema da adaptação é o roteiro, a maneira como ele se relaciona com o material de origem.
Tiny Tina, por exemplo, não traz toda insanidade e ironia de como é nos games, e acaba como uma criança comum. E a relação da garota com Krieg, que veio de uma expansão de Borderlands 2 (e nunca teve muita importância narrativa), não se justifica na trama, sendo apenas “jogada” ao espectador. O mesmo pode ser dito sobre Lilith, que lidera o grupo de protagonistas, e apresenta motivações e passado completamente diferentes do material-base, moldando uma figura que chega até a ser desconhecida pelos fãs.
As diversas cenas de ação, quase uma atrás da outra, fica com pouco respiro para desenvolver um real sentido para a trama toda. O ponto alto da produção fica com os visuais, como o figurino dos personagens, na forma em que algumas criaturas são apresentadas e o design do Claptrap, o filme consegue ambientar visualmente o universo de Pandora e de Borderlands em si. Mas nunca conseguimos explorar esse espaço de maneira satisfatória, o que é uma pena.
O longa não aproveita o potencial de seu excelente elenco, colocando todo o peso de sua condução no talento e carisma de Cate Blanchett. Que mesmo sendo uma das melhores atrizes de sua geração, carregar uma produção sozinha é quase impossível.
Mesmo com toda essa pouca exploração, é um filme que gera boas risadas.
Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo está em exibição nos cinemas.