o-eternauta
Netflix/Divulgação

A Netflix confirmou oficialmente o uso de inteligência artificial generativa na produção da série “O Eternauta”, adaptação argentina de um dos quadrinhos de ficção científica mais importantes da América Latina. O anúncio foi feito por Ted Sarandos, co-CEO da plataforma, durante a apresentação dos resultados trimestrais da empresa, na última sexta-feira (18).

Segundo Sarandos, o uso da IA teve como principal objetivo a redução de custos de produção, especialmente em cenas que exigiriam efeitos visuais mais complexos. A revelação reacende o debate sobre os limites éticos e criativos da inteligência artificial no audiovisual — especialmente em um momento em que roteiristas e artistas visuais vêm protestando contra o uso dessas ferramentas sem regulamentação clara.

A série é baseada na obra clássica do escritor Héctor Germán Oesterheld e do ilustrador Francisco Solano López, publicada originalmente em 1957. Considerada uma das HQs mais influentes da América Latina, “O Eternauta” narra a resistência de um grupo de sobreviventes em meio a uma nevasca mortal causada por uma invasão alienígena em Buenos Aires.

A adaptação da Netflix é aguardada com grande expectativa, tanto por fãs do material original quanto por críticos atentos às novas práticas da indústria.