
Adaptações de livros são sempre uma tarefa árdua quando transportadas para o cinema. Nessa terceira empreitada do diretor e ator principal Kenneth Branagh nas obras da escritora Agatha Christie, o sobrenatural ganha destaque e eleva a franquia de filmes.
A Noite das Bruxas traz a mesma fórmula dos seus antecessores: uma morte misteriosa, todos os envolvidos parecem ser suspeitos, e uma série de interrogatórios para que o detetive Hercule Poirot possa no final cravar quem comentou o crime chave do filme.
A diferença deste longa para Assassinato no Expresso do Oriente (2017) e Morte no Nilo (2022) é a astúcia do diretor em usar bem os elementos de suspense e terror com o charme e elegância que filmes de investigação pedem. Poirot é quase sempre crível e competente.

O palazzo onde a trama se concentra é um personagem quase vivo do longa. Tudo que vemos nele faz uma conexão direta com o roteiro. Se ora parece majestoso e imponente como querem parecer alguns personagens, em outros momentos o vemos se deteriorar e quase ruir.
Com um elenco poderoso com nomes como Kelly Reilly, Jamie Dornan,Tina Fey e Michelle Yeoh. Destacam-se os talentosos Camille Cottin, Emma Laird e o pequeno notável Jude Hill. A Noite das Bruxas é uma rara exceção de franquias que o melhor chegou na terceira parte. Nota 4/5