
O esporte pode ser muito mais do que movimento: ele é também ferramenta de transformação social. Essa é a proposta do Projeto Ampliar, iniciativa do UniBrasil que, desde 2012, abre caminhos para pessoas com deficiência descobrirem novas possibilidades por meio da natação adaptada.
No Brasil, segundo a PNAD de 2022, são 18,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência – o que equivale a 8,9% da população. Por isso, datas como o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro, reforçam a importância de iniciativas que combatem o capacitismo e promovem a autonomia e o respeito.
Criado pela professora Eliana Patrícia Pereira, do curso de Educação Física, o Ampliar atende hoje mais de 70 participantes com deficiência física, sensorial, intelectual, visual, síndrome de Down ou autismo nível 1.
O projeto une lazer, reabilitação e preparo esportivo, envolvendo também estudantes de Educação Física e Fisioterapia do UniBrasil, que aprendem na prática a potência do esporte como ferramenta de inclusão.
“Eles aprendem a nadar e também a andar de ônibus sozinhos, a viajar para campeonatos, a se virar sem depender sempre dos pais. Nosso trabalho é oferecer recursos para que desenvolvam todo o potencial, com liberdade de escolha”, destaca Eliana.
Resultados que ultrapassam as piscinas
O impacto do Ampliar vai muito além das aulas de natação. Os alunos ganham confiança, autoestima e autonomia, enquanto as famílias encontram acolhimento e uma rede de apoio. Alguns atletas já seguiram carreira em clubes e competições paralímpicas.
“Tem aluno que saiu daqui para treinar em clubes maiores. Nosso papel é dar o primeiro impulso – depois, eles voam”, conta a professora, que em 2023 recebeu da Câmara Municipal de Curitiba o Prêmio Pablo Neruda de Direitos Humanos em reconhecimento ao trabalho. Mais que um projeto esportivo, o Ampliar se consolida como espaço de inclusão, aprendizado e esperança – uma braçada de cada vez.