A
humanidade caminha entre (muitas) críticas e (poucos) elogios
Com o propósito de alcançar os requisitos espirituais
para o sucesso descritos no livro “As sete leis espirituais
do sucesso”, de Deepak Chopra, confesso que não consegui
avançar muito na leitura. Isso porque, já de início,
o escritor já alertava para não passar para o próximo
capítulo sem ter feito a “lição de casa”
ali descrito.
Eu “empaquei” justamente na primeira lei, a da Potencialidade
Pura, cujo propósito era “Hoje não julgarei nada
nem ninguém”. Isso envolve desde falar maledicência
do vizinho até reparar com olhos de cobiça o carro
que o seu colega de trabalho conseguiu com seu próprio esforço.
Engloba, ainda, as muitas críticas que recebemos no nosso
dia-a-dia e que também desferimos contra os outros. O oposto
disso, que são os elogios e o reconhecimento da competência
do nosso próximo ou o esforço empreendido em determinada
tarefa, são raridade no mundo corporativo. Vivemos na mesma
corda bamba dos injustiçados goleiros, que só são
lembrados pelos erros e nunca pelas milhares de defesa.

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De
olho na mochila do outro
Lembra a expressão que diz que quando apontamos um dedo para
alguém apontamos os outros para nós mesmos? Ou a passagem
em que Jesus desafia a todos a apedrejar quem nunca teve pecado,
o tal telhado de vidro das nossas existências? Em Salmos,
consta ali a descrição do verdadeiro cidadão
dos céus: aquele que não difama com a sua língua,
nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhuma afronta contra
o seu próximo. Precisa falar mais?!
Existe um conto que nos revela que, na fila para que Deus nos aprove
ou reprove, estamos todos em fila indiana. Cada um de nós
carrega duas mochilas: nas costas, vão nossas imperfeições
e nossos defeitos, na da frente vai a mochila com nossas virtudes,
qualidade e acertos. O grande problema é que enxergamos a
mala que está nas costas dos outros e não enxergamos
a nossa.
Assim é também na vida corporativa. No ambiente de
trabalho é sempre mais fácil o atalho da critica do
que a do reconhecimento e do elogio. Elogiar, para muitos chefes,
é perder a autoridade e a hierarquia. Nada se constrói
baseado no medo, na insatisfação, na desmotivação,
que são as únicas consequências de não
se elogiar um trabalho bem feito, uma conquista de vendas do teu
funcionário ou mesmo o esforço que não se concretizou
em resultados financeiros.

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Poder
do elogio
Num mundo de tolerância zero a falha e erros, todos os dias
vasculhamos erros nas atitudes e comportamentos dos outros à
volta. Mais do que a remuneração, o elogio traduzido
por reconhecimento é o que fideliza os colaboradores. Não
acredita? Pesquise o ambiente de trabalho das “150 Melhores
Empresas para Trabalhar” da Revista Exame e constate que essas
organizações baseiam suas políticas de recursos
humanos na valorização das pessoas.
A Volvo, aqui de Curitiba, é um exemplo. Ocupando o todo
dessa lista, os colaboradores atestam que a chefia sabe lidar com
gente. “Aqui não existem feitores. Quem não sabe
lidar com as pessoas não fica muito tempo”, diz um funcionário
em entrevista à Revista Exame. Isso só acontece porque
há um ambiente propício ao diálogo, à
discussão de metas (a empresa precisa lucrar, óbvio),
mas sobretudo pelo feedback que recebem.

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Exercício
Que tal nesta semana reparar nas qualidades do colega e do chefe
(se ele está acima de você, deve haver algum mérito,
certo?!), que tal ensaiar um elogio mentalmente e depois colocá-lo
em prática? Elogio deve ser feito com sinceridade, espontaneamente
e com o devido merecimento.
Você vai se surpreender com as consequências de um simples
mas transformador elogio.

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DICAS

•
Antecipando-se às necessidades do mercado, o headhunter Hamilton
Fonseca criou mais um centro de excelência para atender à
demanda por indicação de membros de Conselhos de Administração.
Serviço: www.hamiltonfonseca.com.br

•
O Instituto Nacional de Excelência Humana (INEXH) realiza
cursos e treinamentos relacionados à programação
neurolinguística. Serviço: www.inexh.com.br

•
A RCA Recursos
Humanos contrata diversos profissionais para serviços gerais,
tais como serventes, porteiros, zeladores. Informe-se sobre os requisitos
pelo fone (41) 3351-1919

•
Surge em Curitiba o Instituto Humanista de Desenvolvimento Social
(HUMSOL), iniciativa louvável para alavancar projetos sociais
junto a comunidades em vulnerabilidade pessoal e social. Acesse
e faça parte: https://humsol.blogspot.com

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Frases

“O
som das palavras pode ser tão doce como o mel ou tão
rude quanto uma rocha, mas nada se compara à expressão
de um olhar cuja frieza pode ferir até a mais forte rocha
e cuja docilidade pode amolecer e alegrar dos mais severos aos mais
tristes corações.“

Rosiany Suffi

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