Compliance promete diminuir custos e melhorar a reputação das empresas

Hamilton Fonseca, headhunter, fusões & aquisições, hamilton@hamiltonfonseca.com.br

 

A adoção de medidas preventivas na organização de trabalho traz reflexos positivos para a empresa, evita ações trabalhistas e falhas no cotidiano de produção. O trabalho de avaliar os pontos negativos é feito pelo Compliance Officer, função que está ganhando cada vez mais destaque no mundo corporativo. Para saber mais sobre o assunto, conversamos com a advogada Janaina Lima de Souza.

Qual é o trabalho de um Compliance Officer?
Essa função, que normalmente é feita por um advogado, realiza atividade consultiva para a empresa. O papel do profissional é garantir que todos os procedimentos da empresa e dos empregados estejam em conformidade com a legislação em vigor, do mesmo modo que orienta a adoção de medidas preventivas a fim de evitar futuros problemas e gastos para a empresa.

Quais são os consequências de não adotar medidas preventivas no ambiente de trabalho?
As consequências do descuido corporativo em não adotar práticas preventivas são ambientes negativos, improdutivos, descontentamento de empregados, risco de acidente de trabalho, autuação administrativa e propensão de ações trabalhistas, dentre outras. Por outro lado, segundo pesquisas, quando a empresa tem maturidade do Compliance (que significa estar em conformidade com leis e regulamentos) ela possui recrutamento eficiente com profissionais experientes, visão agregada dos riscos existentes, com identificação e resposta rápida, e consequente melhoria na reputação da companhia.

Como adotar práticas desenvolver o Compliance nas empresas?
O primeiro passo para é a realização de uma auditoria interna. A partir desse início é possível conhecer os riscos existentes na empresa, com a análise do enquadramento sindical, das normas coletivas aplicáveis e avaliação dos documentos dos empregados. A visita ao ambiente de trabalho também é uma boa prática para mapear eventuais falhas no cotidiano de produção. Depois de identificar os riscos é hora de tratá-los. O ideal é realizar um programa de prevenção para corrigir as inconformidades atuais, além de implementar um código de conduta e canais de denúncia anônima (para investigação e aplicação de sanção, quando necessárias). O terceiro, e último, passo é a avaliação periódica dos riscos e de suas condutas.


Curtas:


Frase:

“Ética: Tem coisa que eu quero, mas não devo, tem coisa que eu devo, mas não posso e tem coisa que eu posso mas não quero”.
(Mário Sérgio Cortella)