De
que valem os desejos da passagem do ano sem nossa mudança interna?
Já pulou as sete ondas, comeu 12 uvas representando os meses
do ano e fazendo um pedido para cada um deles, orou pelos catarinenses
e mineiros que iniciaram o ano sem um teto para morar? Clamou pela
paz do outro lado do mundo, onde israelenses e palestinos travam seu
eterno conflito?
Como todos, eu também espero por dias melhores, onde cada pessoa
possa se relacionar com outra como gostaria de ser tratada. Na teoria,
tudo é mais fácil.
Mas o que fazer quando, no raiar do Ano Novo, as pessoas já
começam indicando o dedo acusador sem ao menos ouvir o outro
lado ou, pelo menos, tendo um mínimo de tolerância?
Da experiência de quem viveu isso em pleno dia 2 de janeiro,
resolvi recorrer a uma das tábuas de salvação
que talvez possa nos encorajar a respirar fundo e seguir em frente.
Não se iluda: os problemas vão e vêm como ondas
do mar e nessas situações, pular as ondas já
não nos serve de nada.
O que é preciso é usar a sabedoria na prática.
Teorizar apenas não é mais suficiente para se viver
em paz, harmonia, tranquilidade (sem o meu estimado trema, snif) e
todos os sentimentos bons que desejamos para nós e os que nos
rodeiam na passagem do ano. Se não, para que serve comemorar
ou fazer falsas promessas para si mesmo?
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Qualquer
semelhança não é coincidência
A tábua de salvação a que me referi para que
nos sirva de exemplo são os filmes. Já reparou que
muitos nos calam fundo, outros nos causam angústia, enquanto
alguns nos fazem refletir sobre nossa vida pessoal e profissional?
Dia desses, de muita chuva e pouca vontade de sair de casa, assisti
ao filme ‘Pride’, onde a palavra que ecoou na minha
mente foi “resiliência”.
Muita gente pode não saber, mas acho essa uma das palavras
que melhor define o estado de espírito de nós, brasileiros.
Levamos rasteira de todo lado, mas temos a qualidade de sermos resilientes,
ou seja, de nos recompor. O filme mostra isso e uma simples esponja
também. Experimente apertar com toda sua força uma
esponja na sua cozinha e verá, segundos depois, que ela volta
a seu estado original.
Que em 2009 possamos ter o desejo de ser uma esponja daquelas de
marca, com propriedades antibacterianas. Além de resiliente,
não nos deixaremos contaminar pela sujeira alheia, pelas
palavras ásperas vindas de ‘esponjas de aço’,
sabe qual? Aquelas horríveis, que ferem as mãos de
quem as toca.
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Se
a coisa piorar, mais determinação!
Como filme e trilha sonora são indissociáveis, resiliência
é como aquela canção interpretada por Maria
Bethania, onde diz: “a arte de sorrir / mesmo quando o mundo
diz não”. Mas quando você tiver enfrentado um
dia de cão daqueles, recorra ao filme ‘Em busca da
felicidade’, uma história real onde a gente tem certeza
que nada pode piorar. E não é que pode? Mas a moral
para a nossa vida é determinação e persistência.
Não querendo contar o filme, mas quem teria a determinação
de carregar para cima e para baixo aquele caixote e tentar demonstrar
aos médicos a vantagem do produto? Quem é representante
de laboratório e chega de madrugada nos consultórios
sabe a que estou me referindo…
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Rir
– ainda é – o melhor remédio
Se, nesses novos dias de 2009, você se deparar com o desânimo,
não hesite em assistir ao musical ‘Mamma Mia’.
À primeira vista, torci o nariz para o termo “musical”,
mas me rendi a esse filme que nos dá vontade de ir para a
balada depois do “The End”. Como eu gosto de comédia
com conteúdo (me desculpe quem pensa o contrário…),
não perca a ótima performance de Queen Latifah em
‘As férias da minha vida’. Tem diversão
e muitas lições a serem aprendidas…
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Filme
Nesta semana, tomei a liberdade para indicar um filme ao invés
de um livro. Busque utilizar sua intuição ao assistir
‘O som do coração’. Dono de um talento
musical incrível, um menino acredita até o final em
sua intuição e a segue. Quantas vezes não damos
ouvidos à voz do nosso coração?!
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FRASES
“Cada escolha que fazemos, decepcionamos alguém. Só
temos que ter cuidado para não decepcionar as pessoas erradas.”
Do filme Click
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ANA PAULA DE CARVALHO
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