Desafios e percalços na profissão de escritor

Hamilton Fonseca, headhunter, fusões & aquisições | hamilton@hamiltonfonseca.com.br

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Não é nada fácil a vida de escritor num país de poucos leitores. Mesmo assim, a cada dia surgem novos escritores, publicações literárias, livrarias e editoras em Curitiba. Mas quem faz da escrita uma profissão, pode enfrentar alguns percalços pelo caminho, como a falta de leitores, ou ainda, a dificuldade em alcançar visibilidade além das fronteiras curitibanas. Conversamos com o escritor Cezar Tridapalli, autor de dois romances publicados e a caminho terceiro livro, além de vencedor do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura com o livro “O Beijo de Schiller”.

Como é possível manter uma carreira literária?
Acredito que ela dependa do estágio que se atingiu nessa insólita carreira. Autores com mais tempo de estrada têm uma agenda relativamente cheia, pontuada por palestras, bate-papos e participações em eventos. Muitos precisam recusar participações para que consigam escrever.

Há muitos escritores para poucos leitores?
Tem muita gente escrevendo, mas não somos um país de leitores. Todo esse sistema pode nos dar a impressão de que as coisas vão bem. Mas, pensando na proporção de um país como o Brasil, não podemos nos enganar. São poucas e nobres iniciativas que buscam quebrar o círculo e estender o alcance.

Como você acredita que será o futuro da Literatura paranaense?
Acredito que a literatura seguirá na sua margem, e qualquer um considerado por nós como grande escritor ou sucesso editorial não deixará de ser a margem. Dalton Trevisan poderá continuar caminhando tranquilamente na rua porque 99% das pessoas jamais vão saber quem ele é. https://cezartridapalli.com.br


Curtas: 


Frase:
“Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio – e eis que a verdade se me revela”.

(Albert Einstein)