Segundo o IBGE, o crescimento dos níveis de emprego no Brasil gerou em junho 215.393 novos postos de trabalho. Os números são muito auspiciosos, mas trazem à tona uma questão real aos trabalhadores empregados: funcionários com mais tempo de casa se sentem ameaçados de perder o lugar e aí acabam desmotivados. Sentimentos como inveja e medo podem fazer com que os funcionários antigos sintam-se ameaçados de perder espaço?
Democratização do conhecimento e troca de experiências
Segundo o executivo Roberto Nogueira, gerente corporativo de recursos humanos do grupo Brampac S/A Nos meus 50 anos de atuação em RH, conto nos dedos de uma mão os casos em que um funcionário mais antigo se sentia ameaçado pelo novo. Isto ocorria nos idos da década de 80. Hoje, sinto que tudo mudou, pois percebo maior integração entre os mesmos, talvez pelas facilidades e democratização dos conhecimentos, facilitando a convivência e a troca de experiências entre eles. Para Nogueira, os tempos são outros: Nos dias atuais, as empresas procuram desenvolver programas de atração e retenção de talentos, devendo, no entanto, não se descuidar dos demais funcionários operacionais, os quais, apesar de não serem talentos, ocupam posições e cargos-chave nas organizações, com o risco de toda a empresa sofrer as consequências. Para Nogueira: Neste contexto todo, o papel de RH é vital, principalmente no acompanhamento e orientação das chefias sobre como tratar os dois tipos de funcionários, talentos e não talentos. Deste comportamento dependerá o sucesso e sobrevivência da organização, conclui o executivo.
Sempre haverá espaço para quem se recicla
A competitividade existe, independentemente se o mercado está aquecido ou não. O mercado se encarrega de uma parte desta aceleração em busca do novo e o tempo pode ser um aliado ou um inimigo atroz; depende de como você se investe nele. Neste sentido, há sempre espaço para quem se reintegra como parte essencial de mesmo. Como este pensamento, o empresário do setor de cosméticos Emanuel Rosemberg: Quando um profissional entende que há um ciclo para si, e que este pode ser recriado a partir do momento em que ele mesmo se recicla, ou se adapta; então ele se torna como uma empresa aberta ao mercado, apta para mudanças e transformações. Para Emanuel, O novo não é necessariamente o jovem, assim como o velho não precisa ser o antigo. A capacidade de renovação está diretamente relacionada ao apetite por mudanças e com a respectiva atualização científico-tecnológica. Para Emanuel, que foi executivo de multinacionais do ramo farmacêutico, cabe às lideranças conciliar as gerações, mesclando entre os jovens e os antigos, desde que o primeiro acredite na longevidade da experiência e o segundo tenha fôlego para acompanhar aos primeiros, ensina o empresário.
Somos frutos da história que construímos e do legado que deixamos
Para Elke Remlinger Nogueira Mattos, gerente de recursos humanos do mais novo empreendimento do setor portuário do Sul do Brasil, o Porto Itapoá: Buscamos a diversidade, ou seja, a jovialidade convivendo com a senioridade, aqueles que querem se dedicar e mostrar que podem crescer junto com a empresa, combinando a paciência de quem já viveu longos anos de sua vida para ter a certeza de que nada melhor do que um dia após o outro. Para Elke Mattos das 27 unidades da federação, 15 estão representadas aqui no Porto Itapoá. Assim, nos tornamos multiculturais. Neste sentido, Elke ensina que estruturar uma empresa que está em implantação não é fácil. O que dá certo em um lugar, pode não dar certo aqui, mas deve dar espaço a ideias novas e criativas, pois temos a oportunidade de começar do jeito certo. Talvez daqui a um tempo a gente descubra que poderia ser diferente, mas tenhamos a certeza de que esgotamos as possibilidades de fazer o que era certo ser feito, ir além da obrigação ou do comum. Para Elke, o lema aprendam com as experiências do passado e tragam o que vocês têm de melhor. Só com o empenho de todos enfrentaremos este desafio para fazer desta empresa um empreendimento de sucesso. Todos somos frutos da história que construímos e do legado que deixamos, finaliza a executiva.
Curtas
*A Cavo, empresa responsável pela coleta de resíduos em Curitiba, é apoiadora da Campanha Doe Calor da Prefeitura de Curitiba, promovida por meio da Fundação de Ação Social (FAS), em parceria com o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC). A empresa disponibilizou um caminhão e dois profissionais da empresa para ajudar no transporte e nas entregas de doações nos locais dos eventos. Para nós é uma grande satisfação poder participar mais uma vez desta mobilização solidária em favor das pessoas mais necessitadas e aproveitar nossa rede pulverizada na área de coleta de resíduos, afirma Carla Bonatti, da Cavo.
*A Sofhar, empresa paranaense de soluções em Tecnologia da Informação e da Comunicação, foi premiada na noite do dia 20 de julho, em São Paulo, como uma das Melhores Empresas para Trabalhar em TI & Telecom no Brasil em 2011. A premiação nos certifica de que estamos no caminho certo da valorização do nosso profissional, servindo inclusive de estímulo para que outras empresas sigam o exemplo de que o capital humano é o principal diferencial que podemos reunir para competir no mercado, afirma o diretor-presidente da SOFHAR, Wilmar Prochmann.
*A OAB-PR promove no dia 8 de agosto às 19h encontro gratuito voltado para advogados e jornalistas, tendo como palestrantes nomes de expressão do direito e jornalismo. Mais informações e inscrições na OAB/PR: 41 3250-5700.
Frase:
“Lei imutável: palavras são palavras, explicações são explicações, promessas são promessas. Só o desempenho é a realidade!”
(H. Gennem)