Segundo a pesquisa O Sonho Brasileiro, realizada pela Saldiva & Associados Propaganda, um dos ideais do brasileiro é ser dono do próprio negócio. Quem nunca pensou, em algum momento, em largar o conforto do salário garantido todo mês e partir para o voo ‘solo’? Trata-se de um dilema e um desafio, ao mesmo tempo, porque exige muita cautela na tomada desta decisão. Largar o crachá tem suas tentações, mas será que todos profissionais estão plenamente aptos para encarar o desafio do negócio próprio? O que pode parecer um sonho pode se tornar um pesadelo se a pessoa não tiver perfil empreendedor. O conceito empreendedorismo foi utilizado, pela primeira vez, pelo economista Joseph Schumpeter em 1950, como sendo uma pessoa com criatividade e capaz de fazer sucesso com inovações.
Escolha adequada de segmento próspero e cautela
Acha complicado partir para o próprio negócio? Mantenha seu emprego. Quer estabilidade? Tente um concurso público. Com este pensamento, Eduardo Rech, executivo comercial da Sis-Rech AutomAction Ltda, empresa de consultoria no segmento de software e automação, aconselha Primeiramente decida se você irá trabalhar com vendas, serviços ou ambos. Avalie se o mercado que você se propõe a atender precisa realmente do que você irá ofertar. Para Eduardo é vital Conhecer a concorrência, se necessário e/ou viável, converse com uma consultoria especializada. Eduardo vai longe e sugere: Faça um caixa para os primeiros meses, o faturamento normalmente demora um pouco. Defina um plano de ação e metas iniciais exeqüíveis. Entenda que seu chefe agora é o cliente e aprenda a conviver com a instabilidade, finaliza o executivo.
Agilidade nas mudanças em curso
Ser empregado ou patrão? Eis a questão! Parafraseando William Shakespeare, a advogada Iliane Maria Coura, empreendedora no segmento jurídico empresarial e imobiliário, comenta que Para ser patrão não basta só vontade para ser seu próprio chefe. Às vezes, pode ser uma grande armadilha que se arruma pra si mesmo. Exige espírito ousado, inventivo e criativo, perseverança, perspicácia e muito profissionalismo. Para Iliane, o mercado não aceita improvisos, coisa do passado. Nem se fale que empreendedorismo se aprende na escola. Lá, a técnica se torna ferramenta valiosa para aqueles que apostam nas conquistas, na bússola para traçar as rotas certas, para atracar sua metas. Iliane recomenda muita atenção: Quando os ventos sopram muito fortes, exige agilidade nas mudanças de curso. Ser patrão é para aqueles que possuem espírito inquieto, aberto à novas tecnologias. Para aqueles que não se descuidam mesmo quando o tempo é de muita calmaria.
Atualização permanente
Iliane Maria Coura dá algumas dicas: Faça cursos e siga com muito estudo a tempo contínuo sobre o segmento em que deseja atuar; procure aprender de forma generalista, sem perder a sua especialidade. Esteja antenado sobre a maior quantidade de assuntos não só do seu segmento profissional, mas de maneira global; a crise americana, o fenômeno China, a instabilidade das bolsas; valorize a si e aos outros: seja humilde sem ser subserviente, ético, conduza sua vida profissional pautada nos valores básicos que rege uma sociedade democrática, como o respeito ao próximo e a solidariedade; Acredite nos seus sonhos. cabeça nas nuvens mas os pés no chão. Não perca nunca a esperança, nem se iluda com promessas de ganhos fáceis. O sucesso e o reconhecimento profissional exigem muito trabalho sério, uma estrada que se constrói ao longo de uma vida. Tudo depende sob que prisma você quer construir a sua trajetória profissional. O mercado está para todos e as possibilidades são oportunidades que você cria e multiplica, conclui a empreendedora.
Plano de negócios e pés no chão
É preciso ter os pés no chão e não se iludir. Com este pensamento, Nelson Gasparato, sócio e diretor da Brio Inovações, empresa da área de higiene bucal e detentora da marca Mach Flos, A realidade é muito diferente, porque quem quer ter um negócio próprio, tem que ter muita força interior e se preparar para enfrentar desafios múltiplos e diários. Os confrontos começam dentro do próprio empreendimento, com as decisões de onde se instalar, como, o que vai ter na empresa, quantos empregados, e, como contratar pessoas de bom nível e caráter, enfim, ter um plano de negócios comenta o empresário.
Contratações bem feitas e valores morais
Para Nelson, O item colaboradores hoje, está muito complicado, visto que a oferta de empregos está grande, e, parece que há uma crise de caráter no mercado como um todo. Exemplifica o empresário Tem funcionários que começam bem, e, depois de dois meses, começam a buscar a demissão, para poder entrar no seguro desespero oferecido pelo Governo, com boa remuneração e por seis meses, sem nenhuma responsabilidade. Isto é uma realidade que os empresários, sejam de qual tamanho, enfrentam no dia a dia. Depois disso, vem a qualidade dos produtos, o qualidade dos fornecedores, ou seja, aqueles que cumprem a entrega pontual, e, aqueles que nunca cumprem o que prometem em termos de prazo . Nelson adverte que A inadimplência esta grande, a crise está solta no mundo, e, no Brasil, nós vamos ter um reflexo, com certeza, dentro em breve. Toda economia gerada em cima do crédito, chega a um momento em que, este credito vai faltar, porque, o devedor vai parar de pagar. O exemplo dos Estados Unidos vai ser repetido aqui e onde quer que seja. É aritmético. Enfim, eu estou como empresário ha sete anos, e, enfrentei problemas com sócios incapazes, mas que se achavam os melhores do mundo e quase destruíram o sonho e a empresa juntos , conclui o empresário.
CURTAS
* Diante da perspectiva de crescimento de 600% nos próximos três anos, a geração de energia eólica no Brasil continua despertando o interesse de estrangeiros. Entre os meses de julho e agosto, empresários dinamarqueses estiveram no País em busca de informações estratégicas, que foram orientados através do expertise do escritório Becker, Pizzatto e Advogados Associados. A empresa faz parte da Wind Energy Brazil (grupo formado por experts em assessorar investidores voltados à geração de energia a partir de fonte eólica.
* O setor de manutenção movimenta cerca de 5% do PIB brasileiro, o que corresponde a cerca de U$$ 110 bilhões anuais. Computando-se todas as atividades industriais relacionadas com a Gestão de Ativos, que envolvem desde a concepção e implementação de projetos até o descomissionamento de equipamentos, os valores chegam entre 10% e 15% do PIB, com recursos da ordem de R$ 400 bilhões. Diante desse cenário econômico, a Associação Brasileira de Manutenção (ABRAMAN) traz à Curitiba, entre os dias 19 e 23 de setembro, o 26° Congresso Brasileiro de Manutenção e a Expoman 2011, Exposição de Produtos, Serviços e Equipamentos para Manutenção. Na ocasião gestores do Brasil e do mundo vão analisar e debater o futuro da manutenção, riscos e estratégias a fim de otimizar resultados. Informações: www.abraman.org.br ou (21) 3231 7000
*Paranaense representa o Brasil em Torneio de Formação Profissional. Gabriel D’Espíndula vai competir na modalidade Eletrônica Industrial. O paranaense Gabriel D’Espíndula, ex-aluno do Senai Paraná no curso de aprendizagem industrial e hoje funcionário da unidade CIC, faz parte da equipe que representará o Brasil no Torneio Internacional de Formação Profissional (WorldSkills 2011), competição promovida pelo International Vocation Training Organization (IVTO). A equipe brasileira é formada por 28 jovens estudantes, dos quais 23 são de cursos de aprendizagem e técnicos do Senai e cinco do Senac. O torneio, que acontece entre 05 e 08 de outubro, em Londres, reunirá cerca de mil jovens de 50 países, que competirão em 46 modalidades de ocupação industrial. Gabriel representará o Brasil na modalidade Eletrônica Industrial. Ele conquistou a medalha de ouro nesta modalidade na etapa nacional da Olimpíada do Conhecimento do Senai, realizada em março de 2010, no Rio de janeiro, e garantiu a vaga na delegação brasileira para o WolrdSkills. “Esse é o resultado de todo o estudo e treinamento desde 2008. Só faço minha parte”, afirma Gabriel.
*A Cavo está com vagas abertas para início imediato para diversas funções, inclusive para portadores de deficiência. Informações: (41) 2141-6444.
Frase:
Mais vale um galo no terreiro do que dois na testa. (Barão de Itararé)