Para que a alta diretoria da Kroton entendesse melhor seu público, os departamentos de RH e marketing criaram o Projeto Sintonia de Ponta a Ponta
Proximidade do seu público alvo
Fazer o vestibular e a matrícula, frequentar as aulas, apresentar trabalhos e pagar a mensalidade são tarefas comuns para quase todos os estudantes de ensino superior. No entanto, para diretores da maior empresa de educação do Brasil, eram atividades bem distantes de sua rotina de trabalho. Para que a alta diretoria da Kroton pudesse entender melhor as necessidades do seu público, os departamentos de recursos humanos e marketing criaram o Projeto Sintonia de Ponta a Ponta.
Busca de novas oportunidades
Como lição de casa, os executivos deveriam buscar oportunidades para melhorar o ensino e a gestão das faculdades do grupo, como Anhanguera, Unopar e a recém-adquirida Estácio. A ideia surgiu no encontro de líderes de 2015 e esse foi a primeira edição do programa, que deverá se repetir nos anos seguintes. Até o presidente, Rodrigo Galindo, participou – embora ele tenha sido facilmente reconhecido.
Entender o pensa o seu cliente
Participaram 25 executivos, que recebiam missões como fazer vestibular, atrasar o pagamento de mensalidade, participar de cursos presenciais ou à distância. Buscamos entender melhor a necessidade do nosso aluno, afirmou Mario Ghio, vice-presidente acadêmico. Ele também recebeu uma tarefa: se matricular tardiamente em um curso presencial. Ele, que se formou em engenharia química, decidiu prestar enfermagem no período noturno. Foi uma das coisas mais legais que eu fiz, afirma. Para ele, o mais impactante foi conhecer o perfil dos alunos.
Melhorias propostas
Inspirado pelos próprios alunos, o diretor está desenvolvendo um programa de mentoria entre veteranos e calouros. O projeto de tutoria já foi implementado em 9 faculdades do grupo em Minas Gerais. Além de evitar a evasão do calouro, outro resultado perceptível tem sido o desenvolvimento dos veteranos, explica o diretor.
Plataforma digital
Os alunos aprendem a comunicar o que sabem e, assim, memorizam ainda melhor o conteúdo. Por trás desse projeto existe uma plataforma digital para registrar todas as horas trabalhadas pelo veterano como atividade complementar. Outra mudança sugerida pelo diretor é uma mudança na grade curricular. Segundo ele, o professor está muito focado em passar um conteúdo técnico e se esquece de desenvolver as capacidades sociais e emocionais do aluno. Um enfermeiro precisa saber trabalhar em equipe, se comunicar, respeitar horários, entre outras habilidades, disse ele.
CURTAS
* Brasileiro conquista IV Prêmio Marcus Figueiredo, no México. O cientista político Marcus Figueiredo foi um dos maiores especialistas em pesquisas eleitorais do país e é considerado um dos pioneiros na análise eleitoral no Brasil. Como forma de homenageá-lo, o Grupo Opinião Pública e a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (ABEP), promovem desde 2011 o Prêmio Internacional Marcus Figueiredo. Neste ano, o prêmio foi concedido aos melhores artigos apresentados na Jornada de Jovens Investigadores, durante o Congresso World Association for Public Opinion Research (WAPOR), no México.
* A empresária Blanca Baggio, juntamente com seus sócios Jose Américo e Edemarques Baggio, da Construtora Baggio, recebe convidados e clientes nesta segunda (12) para celebrar os 35 anos do Grupo Baggio e comemorar o Dia do Arquiteto. A festa será no Bar +55 e vai fechar com chave de ouro o ano de 2016 da Baggio, que passou a se concentrar 100% ao segmento de construções corporativas.
Livro: Um país chamado favela. Fruto de uma intensa pesquisa feita em conglomerados brasileiros. O livro mostra como as pessoas da classe emergente se comportam, que valores elas têm. É interessante para os gestores porque grande parte dos consumidores e trabalhadores das empresas faz parte desse público, diz o professor Anderson Sant’anna, do Núcleo de Desenvolvimento de Liderança e Pessoas da Fundação Dom Cabral.
FRASE
80% do que leva as pessoas ao sucesso é se mostrar para o mundo.
(Woody Allen)