Quem tem animal sabe que, muitas vezes, são eles quem nos dão lições de humanidade. Do alto da cadeia divina, que nos coloca como seres inteligentes, dotados de discernimento, raciocínio, lógica, razão e emoção, sucumbimos por vezes à falta de sensibilidade ao tratar com o outro. Falta humanidade nas nossas “relações humanas”. No ambiente de trabalho, a rispidez é nítida nas palavras de um simples e-mail, as palavras de reconhecimento não fazem mais parte do dicionário de nenhuma organização e absolutamente nada satisfaz os nossos chefes. Afinal, faz parte da sua obrigação na empresa, não é assim o tratamento entre chefes e subordinados? Como faria diferença receber uma recompensa com apenas uma palavra a ação bem-sucedida no nosso trabalho ou mesmo a tentativa sincera de contribuir. Teria o mesmo efeito com que presenteamos nossos animaizinhos com um simples palitinho cada vez que eles acertam.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Adestramento do bem Você imagina como seria a humanidade se recebêssemos o “adestramento do bem”? Ao entrar no elevador, seria uma efusão de bom dia para cá, bom dia para lá (mais ou menos como na igreja nos cumprimentamos ao final da missa meio a contragosto, mas com a máscara da falsidade na face). Ao contrário da igreja, seria natural em nós a boa educação, a bondade, o querer bem, a inexistência da inveja ou da fofoca pelos corredores. O “terrorismo” nas organizações poderia, enfim, ser exterminado. Não faria parte de nós como “seres humanos” adestrados para fazer o bem. A promoção de um colega seu seria motivo de comemoração e não de torcer o nariz esperando que fracasse na primeira tarefa à frente da nova função. Puxar o tapete, portanto, seria uma lembrança de um passado longínquo e que nos deixaria entristecidos.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Amor incondicional Num ambiente de trabalho que se assemelhasse ao dia-a-dia canino (que é o meu caso em particular – tenho duas “filhas” de quatro patas, uma SRD Cissa e uma “linguiça” Rebeca), o amor seria a palavra de ordem nas organizações. Ame o seu colega da mesa do lado como a si mesmo. Aceite-o com seus defeitos e verá qualidades. Ressalte essas qualidades ao invés de ver com lupa seus defeitos. Tenha sempre um olhar complacente para com o outro, porque ele pode estar precisando justamente só de um olhar compassivo. Mais nada. E lógico que umas “lambidas” sempre são bem-vindas. Mas, como somos animais racionais, daremos um tapinha nas costas ou, no máximo, estenderemos a mão. Que problema há em dizer: “Olha, estou aqui quando precisar” ou “Eu gosto de você”. Não é cantada, assédio sexual ou moral (aliás, tudo hoje em dia vira malícia). É apenas demonstrar que você se preocupa com o outro e está ali para ajudar. Afinal, você está nessa Terra para quê?! Para amontoar os bilhões do Eike Batista ou fazer a diferença no seu microcosmo? Para ajudar o outro ali do seu lado da baia ou simplesmente fazer como cavalo e seguir em frente sem olhar para o lado? Deus nos colocou nesse mundo para amar e não é para amar pouco. É para amar incondicionalmente, inclusive os “tais” inimigos, que na verdade são aqueles não amigos, os que você julga pela embalagem, sem conhecer a fundo. Que tal fazer uma tentativa e, se fôssemos animais, balançar a cauda e aumentar o rol de amigos?
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Rosnar faz parte da vida, mas não deve imperar Logicamente que nem os animais são santos. As minhas “filhas de quatro patas” de vez em quando se estranham, uma fica rosnando enquanto come e a outra fica encarando o pote de ração, mas, no final das contas, tudo acaba bem. Isso também acontece na nossa vida corporativa. O chefe rosna, sim. Morde? Às vezes. Chama sua atenção com latidos? É possível. No entanto, são sinais de que precisamos aparar arestas, nos aperfeiçoar, melhorar. Assim como chamamos a atenção dos nossos animais de estimação, o chefe também precisa por vezes nos dar uns puxões de orelha para a gente aprender. Claro que há maneiras e maneiras de fazer isso, mas vamos pensar positivamente que ele fará isso do jeito que gostaria que fizessem com ele. Com firmeza, sem grosseria. Com clareza do que ele quer para que possamos crescer e evoluir.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
… uma última lição Resolvi mencionar os animais nessa coluna porque, afinal, Deus está na natureza e somos, com certeza, o espelho dessa divindade. Apenas precisamos nos mirar e perceber as sutilezas que estão ali, ao nosso redor, para que possamos nos transformar em seres perfeitos que Ele diz que podemos ser. Falta-nos, por certo, a confiança em nós mesmos para ter essa certeza no nosso íntimo. Vamos deixar nossa natureza agir e seguir nossa intuição, fazer fluir nosso amor pelos outros, nossa compaixão e um sorriso amigo. Assim como é difícil resistir a um olhar dos nossos animais, imagine o que vamos conseguir com o nosso, hein?!
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
CURTAS
* O empresário Paulo Hermínio Pennacchi assumiu a presidência do Sindicato do Comércio Atacadista Distribuidor de Gêneros Alimentícios do Paraná (Sinca-PR).
* Sexta-feira termina o prazo para as inscrições para o teste seletivo para estágio no Ministério Público. Informações: www.mp.pr.gov.br.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Frases “Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante.” Albert Schweitzer, músico, filósofo, médico alemão e um dos precursores da bioética.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Para dúvidas, questionamentos sobre Carreira e sugestões, envie e-mail para [email protected].
Ana Paula de Carvalho jornalista 41 | 3026-8755 41 | 9604-2102
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * ANA PAULA DE CARVALHO anapaula @stampanews.com.br
|