Em visita a uma empresa no interior de Estado, fui indagado pela direção, entre outros assuntos, sobre algumas dificuldades de convivência com chefes e gerentes antigos, embora sendo leais e competentes, são líderes autocráticos e demasiadamente enérgicos com as equipes.
O líder mandão não funciona mais
Procurando uma maneira diplomática na resposta, disse ao anfitrião que as lideranças autocráticas são focadas apenas nas tarefas do dia a dia, e que este modelo de ‘comando’ está cada vez obsoleto, porque é autoritário e diretivo. Ou seja, é um modelo de caserna aplicado nos negócios. Isto deu certo no passado, mas nos dias atuais, o líder não pode tomar decisões individuais, desconsiderando a opinião dos liderados.
Fiscalizadores da eficiência estão em extinção
No transcorrer da visita, um dos diretores fez um contraponto, afirmando que uma empresa não é 100% uma democracia. Não pude discordar totalmente do anfitrião, nem era o caso, mas expressei uma certa preocupação e alertei que as organizações que ainda mantém lideranças autocráticas, agindo como fiscalizadores da eficiência, não conseguem obter a produtividade necessária da equipe para colocar produtos competitivos no mercado.
Localização não interfere no acesso à informação
Não creio, pelo fato da empresa visitada esteja localizada no interior do Estado, mas tinha uma sensação que, naquela situação em particular, os gestores não associavam que os bons resultados dos negócios são obtidos, além de capital financeiro, tecnologia e outros recursos, através uma ótima gestão das pessoas. No final da agradável visita, um dos diretores mencionou alguns problemas na produção, nas vendas, além de alta rotatividade dos funcionários. Ou seja, concluiu que o executivo mandão não consegue motivar as equipes ao erro zero, ao contrário, as destrói.
Nunca é tarde para aprender, basta querer
Existem bons trabalhos realizados por Coachs profissionais, psicólogos, especialistas, consultores, que podem ajudar muito a desenvolver o potencial dos colaboradores, sejam estes líderes, chefias ou funcionários. A maior dificuldade pode estar relacionada no equilíbrio entre tempo e dinheiro, tanto as empresas, como as pessoas tendem a reclamar que não tem tempo ou não tem dinheiro para o desenvolvimento, quando o pensamento deveria ser o oposto, ou seja, ter o pensamento de investir tempo e dinheiro para conseguir melhorar os processos e resultados, o que por consequência traria oportunidades de crescimento profissional.
Não existem culpados, mas negócios a serem realizados
As empresas, em parte, poderiam ter alguma culpa em não terem proporcionado atualização gerencial para aos antigos chefes. De certa forma sim, pois estamos falando de chefias antigas, ou seja, isto não foi visto antes. Para isto vale aquele velho e tradicional ditado, o que um não quer, dois não fazem. A chefia também teria, em tese, a sua parcela de culpa, ambos empresa e funcionários devem demonstrar interesse mútuo. Nestas horas, em vez de procurar culpados é melhor procurar as ações que possibilitem criar o desejo do desenvolvimento entre as partes.
Decisões radicais não resolvem
Dispensar colaboradores nunca será a melhor alternativa, substituir chefes antigos por novos pode não ser o caminho ideal. A dispensa deve ser realizada caso o colaborador antigo não demonstre possibilidade ou vontade de atualizar-se, neste caso pode custar mais caro para empresa manter este colaborador no comando.
Apostar na geração Y?
Por outro lado, apostar em jovens que estão cheios de vontade, também pode não ser a melhor solução, pois em muitos casos a experiência ajuda muito. O ideal (sempre que possível) é que a empresa mantenha seus colaboradores motivados ao desenvolvimento, procure ter potenciais substitutos em suas posições, para quando houver a necessidade de troca de posições, seja possível substituir as chefias antigas por pratas da casa colaboradores que tiveram tempo para adquirir experiência no processo, ao invés de buscar profissionais no mercado.
CURTAS
*A Magic Web Design prevê encerrar 2011 com 40% de aumento no faturamento. Com as boas previsões no mercado de tecnologia, a empresa curitibana Magic Web Design espera encerrar o ano de 2011 com um crescimento de 40% em seu faturamento, graças ao aumento na demanda e à ampliação da prestação de serviços na área de redes sociais. Não é para menos: em pesquisa divulgada em novembro pela Fecomércio RJ/Ipsus, as redes são o principal motivo que leva os usuários brasileiros a acessarem a internet. Para dar conta do novo cenário, a Magic já ampliou seu quadro de colaboradores em 20%.
*Unifenacon promove seminário sobre Conectividade Social. A Unifenacon – Universidade Corporativa promove o curso Nova conectividade social ICP e como adquirir corretamente o seu certificado digital no dia 6 de dezembro. Das 14h às 17h, o seminário ministrado por Daniel Mesquita Coelho será transmitido via satélite, por meio de antenas instaladas nas sedes dos sindicatos do Sistema Fenacon, e via web, mediante aquisição do link de acesso. Certificação digital ICP Brasil, nova conectividade padrão ICP e procurações eletrônicas são alguns dos assuntos do curso. Para adquirir o link, os interessados deverão entrar em contato com o sindicato de sua região. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (61) 3105-7511 ou pelo e-mail unifenacon@fenacon.org.br
* Um novo formato de empreendimento está se formando no Brasil, onde visionários nos negócios buscam profissionais com perfil de funcionário, mas pessoas direcionadas e voltadas para projetos e que estejam dispostas a trabalhar em áreas diferentes, utilizando o espírito empreendedor, mas não no sentido de formar carreira em uma só área. Bastante interessante. Veja a informação completa no site:
https://www.estadao.com.br/noticias/impresso,executivo-com-perfil-empreendedor-para-iniciar-negocio-do-zero-,802276,0.htm