O corpo dá sinais de alerta

Você deve estar se perguntando qual a relação
de saúde com uma coluna sobre carreira. Na verdade, não
somos um robô programado para deixar o coração
em casa, o fígado na geladeira ou a ansiedade pendurada no
varal.
Se vamos ao trabalho, levamos toda nossa carga emocional, nossos
problemas e a saúde ou a falta dela. Tive um Carnaval que
foi observar enfermeiras entrando e saindo do quarto onde minha
mãe estava internada. Ela teve uma dor no peito que antecede
o infarto, a tal de angina que os médicos falam como se a
gente tivesse obrigação de saber…
Deixando esse detalhe de lado, o fato é que eu passei as
tardes de segunda, terça e quarta de Carnaval com meu laptop
trabalhando, enquanto minha mãe dormia em meio a tantos remédios
enfiados goela abaixo pelas solícitas enfermeiras.
Mas o fato não é esse: o organismo da gente é
um mecanismo tão sofisticado que se assemelha àqueles
painéis de comando de avião, cheios de cores de alerta.
Na noite de domingo, o corpo da minha mãe emitiu um desses
sinais de que algo não ia bem. E não ia nada bem.
Fumante, adepta de umas cervejinhas, quilinhos a mais, estressada
com o trabalho, ela é o tipo de bomba-relógio que
os médicos exemplificam todos os dias.
E ainda teimosa: por mais que pessoas se dispusessem a fazer exercício
ou dessem o conselho de parar de fumar, lá estava ela tragando
um cigarrinho aqui e outro ali…

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O
tic-tac da bomba relógio
Diante de todo esse histórico e a gente martelando para parar
de fumar, fazer exercício, não se estressar, não
é que a doença sempre tem um recado para dar? Nesses
dias de internamento, nunca vi o quanto minha mãe dormiu.
Eu teclava no computador e de vez em quando parava para olhar e
estava lá ela dormindo…
E o susto faz a gente se deparar com a escolha entre viver e viver.
Do alto de seus 59 anos, mãe Marinês resolveu abraçar
a vida. Parou de fumar (isso ainda estou pagando para ver, mas torcendo
muito!) e nem parecia a pessoa reclamona de todo sempre no dia seguinte
ao da alta hospitalar.
Estava animada, com novo fôlego e comprometida a não
se deixar dominar pelo stress e pela preocupação.
Sabe como é, as preocupações de todos nós,
eu, você e todo brasileiro: as contas e, para quem é
dono do próprio nariz, do negócio, dos funcionários,
do futuro…

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A
vida é para ser vivida hoje
Toda essa situação pessoal mas comum a muita gente
por aí me lembrou do livro O Poder do Agora, de Eckhart Tolle.
Passamos boa parte da vida pensando no futuro ou nos lamentando
ou querendo reviver o passado e esquecemos de viver agora.
Esse é o único tempo que conta: agora. Ontem já
foi e amanhã é uma nave que nem sabemos pilotar.
Por mais óbvio que possa parecer essa lição,
o autor nos aconselha a olhar o momento atual, o hoje, deixar de
nos “pre ocupar” com problemas que nem sempre vão
se tornar realidade. Às vezes a nossa mente não parece
um turbilhão, quando vêm milhares de pensamentos sobre
o que precisamos fazer amanhã, quais as prioridades, o que
dizer em tal reunião, etc e etc?
Abandonar esses mecanismos é uma das formas de nos concentrar
no dia de hoje e deixar para viver o de amanhã no dia seguinte…
Senão dia desses o corpo dá um jeito de avisar o que
é prioridade na vida.

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CURTAS

* A Abrasel-PR
participa amanhã de um mutirão do emprego, oferecendo
300 vagas para atendentes, balconistas, garçons, chefes de
cozinha, cozinheiros, chapeiros, saladeiros e manipuladores de alimentos,
entre outras funções. Informações: (41)
3029-4244.

* O CENTEC (Centro
de Ensino Técnico Integrado) em Curitiba abre turma para
curso de Pós-Graduação em Trânsito –
Gestão, Educação e Segurança. As aulas
começam no dia 6 de março. Informações:
(41) 3353-3030.

* O Centro de
Formação de Condutores União, localizado na
Vila Hauer, abriu vaga para secretária. Informações:
(41) 3278-0401.

* O juiz federal
Anderson Furlan, de Maringá, tomou posse ontem como presidente
da Associação Paranaense dos Juízes Federais
(APAJUFE). Graduado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá
(UEM), Furlan é especializado em Direito pela Escola Superior
de Magistratura e mestre em Ciências Jurídico-Econômicas
pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL).

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Frases

“É
muito mais difícil controlar as emoções do
que conquistar uma cidade“.