A busca pela felicidade
talvez seja o maior enigma que o ser humano persegue. Para isso, ele inicia
carreira, constitui família e depois acaba mudando de profissão ou se separando
do cônjuge, num eterno jogo do que chamaria “construir casas com baralhos”. Mas,
afinal, qual o segredo para encontrar o tal ponto de equilíbrio e deixar para
traz frustrações, insucessos pessoais e profissionais?
No próximo dia 21 de
novembro, o filósofo Bob Proctor, narrador do documentário “O Segredo”, baseado
no livro de Rhonda Byrne, promete dar respostas a essas indagações. Ele estará
em Curitiba para ensinar as vivências inéditas que experimentou aplicando as
técnicas descritas no documentário.

Desvendando o
segredo para você?

Vamos partir do pressuposto que o segredo é o
óbvio que ninguém vê e, como diria o escritor Antoine de Saint-Exupéry, o
essencial é invisível aos olhos. Com base nisso, resolvi investigar o tema que
vem afligindo as pessoas no ambiente pessoal e, conseqüentemente, no
relacionamento profissional. Para desvendar o segredo, buscamos o esclarecimento
do filósofo, educador, escritor Olinto A. Simões, que também é estudioso em
Programação Neurolinguística (PNL) e parapsicólogo clínico.

Afinal, quais os
segredos para que as pessoas sejam bem-sucedidas?

Olinto A. Simões —
Antes, é preciso que seja entendido o que é ser “bem-sucedido”. A pessoa pode
ser “bem-sucedida” com relação a reatar um namoro que, por bobagem de um, sofreu
certo estremecimento. Ou aquele que perdeu o emprego (seja por que motivo tenha
sido), mas conseguiu colocar-se na primeira empresa em que se apresentou. Outro
pode ser o da pessoa que queria trocar de carro, mas faltava um pouco de
dinheiro, e que resolveu fazer uns extras, batalhou e completou depois de algum
esforço a diferença da quantia. Nesses casos, os segredos foram três. No
primeiro exemplo, um dos namorados (não importa qual) baixou a cabeça, foi
conversar e encontrou o segredo. “Respeito”. No segundo exemplo, ao invés de
ficar se lamentando, a pessoa arregaçou as mangas e foi à luta. Encontrou o
segredo. “Confiança”. No terceiro, o segredo foi a “Força de Vontade”. Eu
poderia ficar aqui dando um sem número de exemplos, de problemas com as
respectivas soluções, e nominar cada uma delas como… “Segredo”

O que é possível
aplicar no dia-a-dia para mudar nosso destino?

Olinto A. Simões — O
maior de todos os segredos. O direito que cada pessoa tem de dizer “sim” ou
“não” para as situações que ela mesma cria. Se você disser “sim” para os casos
que não tenha total controle ou segurança, pague o preço. Se você disser “não”
para coisas que possam trazer prazer, pague o preço. A única coisa que pode, não
mudar, mas “construir” o nosso destino, somos nós mesmos.
Como você analisa
a corrente da auto-ajuda que promete verdadeiro milagre para as pessoas na vida
pessoal e profissional? Isso sim é uma onda, uma verdadeira Tsunami, que arrasta
milhões de vidas todos os anos para uma grande frustração. Eles afirmam: “Não Há
Nada Que Você Não Consiga”, “Você Pode Tudo Que Quiser”, “Faça Acontecer”. O
maior risco é o de procurar, procurar, procurar e não encontrar nada.

Qual é a saída
então?

Olinto A. Simões — É um trabalho sério, de reprogramação da
vida, da conduta pessoal, profissional e familiar, de limpeza da memória mais
profunda, da libertação do inconsciente, tirando a nódoa de pecado que, de tão
cedo colocado lá, enraíza-se e fica cada vez mais difícil de ser
extirpada.

Como você analisa a
famosa “Lei da Atração”, que é a base do documentário?

Olinto A.
Simões — Melhor que qualquer um desses “experts”, Isaac Newton falou dela. É
verdade que de uma maneira pouco diferente, mas a terceira Lei de Newton é
clara. Toda ação propõe uma reação igual e em sentido contrário.

Como aplicar a Lei
de Newton para atingir objetivos?

Olinto A. Simões — Você precisa
saber como fazer para conseguir tal intento, mas não pode esquecer que haverá
uma reação. Essa Lei de ação e reação é talvez a mais normal lei da natureza. E
não podemos esquecer que uma ação nunca anula ou dissolve a reação a ela, isso
não é química, é física. Portanto, se tentar atrair alguma coisa, pague o preço.
Saiba dizer sim ou não nas horas certas. O problema é saber qual é a hora certa
de dizer o quê.

Então a “Lei da
Atração” é perigosa?

Olinto A. Simões — Muito. Vou citar Henry Ford,
que disse: “Se você quiser fazer uma coisa e pensar que dará certo, ou pensar
que dará errado, de qualquer uma das duas maneiras você estará certo”. Ou seja,
não é que você atraia alguma coisa. Imagine você caminhando numa rua e ser
atropelado? Você atraiu o veículo? Não. Se você for atravessar a rua e não tomar
os devidos cuidados, aumentam as possibilidades de você ser atropelado. Você
atraiu alguma coisa? Não, você foi irresponsável. Da mesma maneira, se agir
literalmente ao contrário, você atraiu o bem-estar e a tranqüilidade de chegar
ao outro lado? Não, você foi responsável. O que quero dizer é que “não é um
problema de atração”, mas uma “solução da reação” para cada atitude que
tiver.

Há quanto são
conhecidos esses aprendizados?

Olinto A. Simões — Algo em torno de
quatro ou cinco mil anos. Basta ler um pouco de história geral do planeta e da
humanidade, sobre os druidas, os celtas, a Índia, a Pérsia, o Egito, comparar
algumas palavras em aramaico, em sânscrito, enfim, estudar, pesquisar, colocar
nos neurônios um pouco de conhecimento e muitas verdades. Desligar a novela e
abrir um livro, parar de correr atrás de uma bola e perceber que o mundo é uma
bola que não pára. Isso fará toda a diferença. Isso fará com que ninguém se
engane e, consecutivamente, não engane ninguém. Aí, então, a felicidade se
espraiará, porque todos terão a consciência tranqüila. O amor será o sentimento
mais importante, o dinheiro não fará falta, a paz será uma perenidade e a saúde
mental não será um problema.

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ANA PAULA DE CARVALHO
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