
Candidato do PT a deputado estadual, Renato Almeida Freitas, foi alvo de uma ação da Guarda Municipal de Curitiba, no domingo à noite, na praça do Gaúcho. Ele alegou que estava fazendo uma panfletagem no local quando teria recebido ordem para deixar o local. Ao questionar a razão da ordem, o candidato, que também é advogado, alega que teria sido agredido e recebido tiros de bala de borracha nas mãos e nas costas. Ferido, foi encaminhado ao Hospital Cajuru. Depois de receber alta, foi levado para a Central de Flagrantes para prestar depoimento e liberado em seguida.
Perturbação
A Guarda Municipal divulgou nota alegando que foi ao local para atender um chamado de moradores, que alegavam a realização de um racha, consumo de droga e perturbação de sossego. Segundo a Guarda, o candidato teria feito parte de um grupo que reagiu e teve que ser contido com arma não legal. “Além de envolvimento anterior num caso com a Polícia Militar, Almeida Freitas já havia sido detido pela Guarda Municipal em agosto de 2016, quando candidato a vereador, por desacato e perturbação de sossego”, afirma a nota.
Perseguição
O presidente do PT no Paraná, Dr Rosinha, divulgou nota protestando contra o ataque. Ele denunciou ainda outro suposto ataque a uma candidata do partido durante o desfile do dia da Independência. “Nos dois casos, a única explicação para a perseguição é que ambos são negros, do PT e dos movimentos sociais. O que estamos vendo é uma assustadora onda crescente de violência e perseguição a quem se manifesta e luta a favor dos oprimidos”, disse Rosinha na nota.
Integração
Uma liminar obtida na Justiça Eleitoral pela coligação do candidato ao governo Ratinho Junior (PSD) proibiu que a integração das linhas de ônibus do transporte coletivo da Região Metropolitana de Curitiba seja associada ao apoio do prefeito Rafael Greca (PMN) à candidata Cida Borghetti (PP) à reeleição. A juíza Graciane Lemos também determinou que a prefeitura não divulgue propaganda institucional sobre o assunto, sob pena de multa de R$ 100 mil. O conteúdo em que Greca aparece no programa conversando com Cida à respeito do assunto deverá ser retirado da programação, sob pena de multa de R$ 50 mil.
Adesivo
A juíza determinou também que determinou que os ônibus do transporte em que aparecem adesivos do sistema integrado sejam retirados. A campanha de Cida Borghetti informou que pretende tentar cassar a liminar, alegando que o adesivo não é propaganda institucional e sim mera identificação de quais estações-tubo são novos pontos de integração – e que esse tipo de filmagem é permitida pela legislação eleitoral. A prefeitura de Curitiba informou que ainda não foi notificada da decisão e que, portanto, não irá se posicionar sobre o assunto.
Guarda-sóis
Já a coligação de Cida Borghetti conseguiu uma decisão da mesma juíza proibindo que Ratinho Jr use guarda-sóis para divulgação da sua campanha eleitoral. “Defiro a liminar pleiteada para determinar aos representados que se abstenham de usar guarda-sóis para divulgação de sua propaganda eleitoral sob pena do pagamento de multa no valor de R$ 100 mil por descumprimento”.
Isonomia
No despacho, a juíza afirma que esse tipo de material de campanha representaria “quebra da isonomia, na medida em que permitir a continuidade de propaganda em desacordo com a legislação em vias públicas favorece a candidatura exposta de forma mais ostensiva em detrimento de outros candidatos”.