Franklin de Freitas

A Justiça Eleitoral negou ontem pedido da coligação REDE/PPL/DC para que o ex-vereador de Curitiba Jorge Bernardi (REDE), candidato ao governo do Estado, participasse de debate na TV Band Paraná. Na decisão que negou pedido de liminar, o juiz substituto Tito Campos de Paula ressaltou que a emissora não tem obrigação de convidar candidatos cujos partidos não tenham no mínimo cinco parlamentares no Congresso Nacional. “É faculdade da emissora convidar outros candidatos não enquadrados no critério do caput do art. 46, independentemente de concordância dos candidatos aptos”, destacou o juiz. Solidários ao candidato da REDE, os candiatos Ratinho, Arruda, Piva e Rosinha assinaram documentos pedindo a participação de Bernardi no debate. 

Cozinha
A governadora e candidata à reeleição, Cida Borghetti (PP), procurou demonstrar tranquilidade ontem, antes do debate. Em vídeo postado nas redes sociais, Cida disse que estava se preparando para o confronto cozinhando para a família. “Hoje me perguntaram como eu estava me preparando para o debate desta noite. Dá uma olhada. Fazendo um molho para uma massa”, mostra ela. 

Multitarefa
No texto publicado junto com o vídeo, revela ainda como encara o papel da mulher que tem que se dividir entre os afazeres domésticos e o trabalho. “Eu sempre digo que quando a mulher sai de casa ela leva a casa, não deixamos de ser mãe, esposa, donas de casa. Então, por mais que amanhã tenha um importante compromisso, que é o primeiro debate na Band, estou aqui fazendo uma jantinha bem especial pra minha família e em paz, porque sei dos compromissos que tenho com a nossa gente”, afirmou.

Internet
As próximas eleições podem ficar para história e registrar o fim da era da televisão aberta como o principal meio de informação dos brasileiros para acompanhar a disputa de votos por cargos públicos. Especialistas têm como hipótese a possibilidade de a internet ter mais peso do que nunca na decisão, e mudar em definitivo, a maneira de se fazer campanha eleitoral no país. Pesquisadores de comunicação e consultores eleitorais assinalam que os 147,3 milhões de eleitores brasileiros escolherão seus representantes sob influência inédita de conteúdos compartilhados nas redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas, em especial no Facebook e no WhatsApp.

Anulação
O Tribunal de Justiça anulou a condenação de dois ex-diretores da Assembleia Legislativa, que haviam sido condenados por participação em um esquema de desvio de recursos públicos através da contratação de funcionários “fantasmas”, que ficou conhecido como o caso dos “Diários Secretos”. O ex-diretor administrativo José Ary Nassif e o ex-diretor de pessoal Claudio Marques da Silva haviam sido condenados a 18 anos de prisão pelos crimes de peculato – desvio de dinheiro público, lavagem de dinheiro e organização criminosa, em 2013. Os desembargadores consideraram, pórém, que as provas são inválidas por terem sido obtidas através de uma operação de busca e apreensão da realizada pela polícia em maio de 2010 na sede do Legislativo estadual por autorização de um juiz de primeiro grau. 

Foro
No entendimento dos magistrados, por envolver deputados com foro privilegiado, a operação só poderia ser autorizada por um juiz de segundo grau, ou seja, com autorização do próprio TJ. Os dois diretores estão presos no Complexo Médico Penal em razão de outras sentenças. Agora, o processo volta para o primeiro grau, que terá que analisar o caso desconsiderando as provas obtidas na operação considerada inválida. As denúncias foram divulgadas em 2010 pela ‘RPC/Gazeta do Povo.’