
Lançado recentemente, o sistema de aluguel e compartilhamento de bicicletas e patinetes elétricos foi um dos assuntos na sessão de quarta-feira da Câmara Municipal de Curitiba. Os parlamentares aprovaram requerimento do vereador Bruno Pessuti (PSD) propondo que a prefeitura substitua vagas do Estacionamento Regulamentado (EstaR) e destinadas à permanência gratuita dessas bicicletas. A ideia, segundo ele, é impedir que as bikes sejam estacionadas em locais inadequados, que atrapalham a circulação de pedestres. O vereador informou que a startup atualmente aluga 400 bicicletas, mas que pretende ampliar para duas a três mil, “portanto há necessidade de adequar a cidade para isso”.
Fora de lugar
Rogério Campos (PSC) considerou “importante” a ideia e questionou se não haverá nenhum mecanismo de punição ao usuário que estacionar fora destes espaços sugeridos nas vagas de EstaR. Segundo Pessuti, que já existe uma orientação realizada pela própria empresa para que as bicicletas não sejam deixadas em qualquer lugar. Ele citou o exemplo da cidade de São Paulo, onde “existem áreas dentro das calçadas exclusivas para estacionamento.” Para Pessuti, a prefeitura deve notificar as empresas, caso bicicletas estejam paradas de maneira irregular, “e é por isso que estamos fazendo essa proposta”.
Infraestrutura
O governador Ratinho Junior (PSD) afirmou ontem que o governo do Estado atua para criar um ambiente político para projetos de infraestrutura. A estratégia, afirmou, é buscar a excelência em logística para o escoamento dos produtos paranaenses. “Não adianta ter excelência na produção do campo e não ter o mesmo nível de qualidade em logística para conseguir entregar os produtos para o mundo”, disse ele, em entrevista coletiva no Show Rural Coopavel, em Cascavel (região Oeste).
Ambiente
Um dos projetos é o do corredor bioceânico ligando os portos de Paranaguá e Antofogasta, no Chile. Ratinho Junior disse que já tratou dessa proposta com o presidente Jair Bolsonaro e, também, com os ministros da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. A proposta já foi apresentada ao diretor-geral paraguaio da Itaipu, José Alberto Rodríguez, e será pauta de agendas com os embaixadores da Argentina, Paraguai e Chile. “Temos que criar o ambiente político para fazer com que os presidentes façam adesão ao projeto. Acredito que vamos avançar nisso”, apontou.
Transporte
O Tribunal de Contas do Estado (TCE/PR) suspendeu novamente a licitação da prefeitura de Londrina para a concessão do transporte público da cidade, com valor máximo de R$ 2,16 bilhões e previsão de contrato com duração de 15 anos, renováveis por igual período. A licitação já havia sido interrompida em 17 de dezembro, mas a decisão foi suspensa pela Justiça. A nova cautelar foi concedida a pedido da empresa Transportes Coletivos Grande Londrina, atual concessionária do serviço.
Tarifa
O relator acolheu parte dos argumentos apresentados pela empresa, apontando para uma série de indícios de irregularidades no edital. Entre eles estão a suposta impossibilidade de execução dos serviços licitados devido a um alegado baixo valor da tarifa prevista, que seria de no máximo R$ 4,00 (para o primeiro lote da licitação) e R$ 4,09 (para o segundo). Para a empresa, os preços não cobririam os custos reais envolvidos na operação do sistema de transporte público. A concessionária alegou ainda que o edital prevê a fixação da tarifa com base no número de passageiros pagantes e não no número de passageiros transportados, o que também comprometeria a execução dos serviços.