Franklin de Freitas

O deputado federal paranaense e ex-ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), decidiu entrar na disputa pela presidência da Câmara Federal. Barros encaminhou mensagem aos colegas pedindo votos para o cargo e anunciando a intenção de concorrer como candidato avulso – ou seja, sem a indicação de blocos ou partidos. “Bom dia a todos os progressistas. Quero pedir seu voto para presidente da Câmara dos Deputados. Meus 30 anos de vida pública e a passagem austera e realizadora pelo ministério da saúde me animam a esta jornada. Farei minha inscrição como candidato avulso. Deus ilumine esta jornada. Ricardo Barros”, diz ele na mensagem.

Balão de ensaio
Em Brasília, o gesto de Barros – que é marido da ex-governadora Cida Borghetti (PP), foi visto mais como um “balão de ensaio” para valorizar seu “passe” nas negociações com outros blocos e legendas. O atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ) é favorito para continuar no cargo, e já garantiu o apoio de dez legendas, entre elas o PSL do presidente Jair Bolsonaro. Partidos do antigo “Centrão”, como o PP do próprio Barros e o MDB do ex-presidente Michel Temer, porém, não fecharam apoio a Maia e tentam minar a candidatura à reeleição do deputado do DEM, lançando o maior número possível de candidatos.

Lisura
O ex-secretário de Estado da Fazenda do governo Cida Borghetti, José Luiz Bovo, divulgou texto comentando as declarações do novo secretário da Pasta no governo Ratinho Júnior, Renê de Oliveira Garcia Junior, segundo as quais a atual administração estaria “no escuro” em relação à situação financeira herdada da gestão anterior, em razão dos problemas no sistema de informações fiscais do Estado. Bovo disse que a força-tarefa anunciada por Garcia Jr vai confirmar “a lisura do governo Cida Borghetti”, que segundo ele “entregou o Paraná a Ratinho Junior com as contas em dia, salários e 13º pagos, dinheiro em caixa para honrar todos os compromissos, certidões em dia”.

Controle
Bovo corroborou as declarações de Cida, garantindo que “o Estado do Paraná possui uma das melhores situações econômicas e fiscais do país”. Fui convidado pela governadora para participar de uma gestão fiscal responsável, que ajudamos a fazer. E assegurou que durante a gestão da ex-governadora houve “controle efetivo para evitar a extrapolação das despesas correntes (pessoal e custeio) e acompanhamento diário da arrecadação”.

Intimação
O juiz Fernando Fischer, da 13ª Vara Criminal de Curitiba convocou o empresário Luiz Abi Antoun, primo do ex-governador Beto Richa (PSDB), para uma série de audiências de instrução no processo derivado da operação Rádio Patrulha, que investiga suspeitas de fraude em obras de estradas rurais. Antoun, que como Richa chegou a ser preso na operação, em setembro do ano passado, mas foi solto por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, viajou para o Líbano logo depois de ser solto, e não voltou mais, alegando problemas de saúde. A intimação do juiz entregue aos advogados de Luiz Abi determina que ele compareça a dez audiências entre os dias 5 e 20 do mês que vem.

“Vai pra Caracas”
O prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSDB), ironizou a atitude da senadora paranaense e deputada federal eleita, Gleisi Hoffmann, de participar da posse do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. “Uma das maiores reservas de óleo do mundo e miséria absoluta, além de ditadura e arrogância. Triste saber que essas pessoas que defendem esse absurdo mandaram no Brasil por tanto tempo. Por que não mora lá?”, questionou Rangel em resposta a uma postagem de Gleisi em apoio ao regime venezuelano.